"Moulin Rouge" (Outsider)
Fernando Magalhães
22.10.2001
140201
Tem piada, fui ver esse filme no sábado, sem sequer
me lembrar do que já tinha lido sobre ele na Imprensa.
Resultado: Choque inicial, a seguir a uma primeira sequência (a câmara que invade Paris) que achei fenomenal.
Depois, o espanto e o cansaço visual (estava na 2ª fila no cinema do Colombo, ecrã monstruoso. LOOL). "O que é que se passa?". Aquela mistura de ritmo (e ruídos..) de desenhos animados alucinante, kitsch e canções pop inglesas dos anos 70 parecia não fazer grande sentido.
Mas já a verificação: Tecnicamente o filme é um portento!
Mas depois, à medida que o lado melodramático se vai impondo tudo parece lentamente ir fazendo sentido. The show must go on. O humor, a tragédia, o ridículo e a música (até o "Heroes" do Bowie lá aparece e, já agora, de quem é a canção épica - não cheguei a ver a ficha técnica final - em que se canta, precisamente, "the show must go on"? O estilo é muito Peter Hammill, no seu registo mais operático) enredam-se numa fantasia de ilusão e lantejoulas. É o teatro, o entertainment plenamente assumido como cenário do vazio e da morte mas também do amor.
Toda a sequência final, da estreia da peça, com a sobreposição entre o drama teatral e o drama real, é brilhante.
Gostei.
FM
Resultado: Choque inicial, a seguir a uma primeira sequência (a câmara que invade Paris) que achei fenomenal.
Depois, o espanto e o cansaço visual (estava na 2ª fila no cinema do Colombo, ecrã monstruoso. LOOL). "O que é que se passa?". Aquela mistura de ritmo (e ruídos..) de desenhos animados alucinante, kitsch e canções pop inglesas dos anos 70 parecia não fazer grande sentido.
Mas já a verificação: Tecnicamente o filme é um portento!
Mas depois, à medida que o lado melodramático se vai impondo tudo parece lentamente ir fazendo sentido. The show must go on. O humor, a tragédia, o ridículo e a música (até o "Heroes" do Bowie lá aparece e, já agora, de quem é a canção épica - não cheguei a ver a ficha técnica final - em que se canta, precisamente, "the show must go on"? O estilo é muito Peter Hammill, no seu registo mais operático) enredam-se numa fantasia de ilusão e lantejoulas. É o teatro, o entertainment plenamente assumido como cenário do vazio e da morte mas também do amor.
Toda a sequência final, da estreia da peça, com a sobreposição entre o drama teatral e o drama real, é brilhante.
Gostei.
FM
Lestat
22.10.2001
121249
Que bosta!
Bem, eu só tenho a dizer que achei esse filme dos
piores que já vi na vida.
Pela primeira vez saí da sala a meio do filme. Nunca tinha feito isto, nem com o "Fantasma", filme Português que deve vir em segundo na lista dos piores. Logo depois do (*yack!*) Moulin Rouge (*yack!*) ...
Mas pronto, vejo que causa amores e ódios... ;)
Lestat.
Pela primeira vez saí da sala a meio do filme. Nunca tinha feito isto, nem com o "Fantasma", filme Português que deve vir em segundo na lista dos piores. Logo depois do (*yack!*) Moulin Rouge (*yack!*) ...
Mas pronto, vejo que causa amores e ódios... ;)
Lestat.
Fernando Magalhães
22.10.2001
140201
Re:
Que bosta!
Cerca dos 15, 20 minutos do filme também pus seriamente a hipótese de
sair. Mas resisti estoicamente e a verdade é que o filme vai adquirindo aos
poucos uma dimensão de tragédia e de desmesura dramática que acaba por prender
a atenção.
De resto, parece que este tipo de reacção foi comum a várias pessoas que viram o filme, inclusive alguns dos críticos do PÚBLICO...
FM
De resto, parece que este tipo de reacção foi comum a várias pessoas que viram o filme, inclusive alguns dos críticos do PÚBLICO...
FM
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