"Ainda O Senhor dos Anéis" (Fernando Magalhães)
Fernando Magalhães
26.12.2001
150350
Já vi o filme três vezes (sessão para a imprensa,
ante-estreia e sessão com a família):
Não é, concordo, um grande filme, longe disso. Valerá, na minha opinião, um 7/10.
Agora, estão de facto espantosos os cenários e as personagens. Como fanático da trilogia (que li, até á data, duas vezes) achei impressionante a forma como o Peter Jackson consegiui transpor para o filme as paisagens, locais e personagens do livro. Moria, Rivendell, Lothlórien, a fabulosa composição dramática de Ian McKellen/Gandalf, parecem ter saído directamente da imagiação do leitor (pelo menos, da minha...) para o ecrã.
A partir de agora, sempre que voltarmos a ler "Lord of the Rings", é provável que Frodo, Gimli, Legolas, Sam Gamgee, etc, passem a aparecer na nossa cabeça com os rosto do filme.
Agora, o que filme não tem, nem poderia ter, é toda a fabulosa riqueza de pormenores do livro, já para não falar no próprio e inconfundível estilo literário de Tolkien (o humor, a ironia, a ternura...).
O episódio de Tom Bombadil foi obliterado (percebe-se porquê. Não tem propriamente acção, sendo antes uma das muitas efabulações filosóficas que estão espalhadas por "LOR") mas a perda maior do livro para o filme, será a inexistência (no filme) da dimensão "tempo", da "distãncia".
"LOR" tem um tempo (ou tempos...) próprio. A narrativa não é nunca linear. Depois, há as narrativas secundárias, que tanto podem ser a descrição de uma típica refeição hobbitiana, como uma anedota ou um cântico élfico. Mundos dentro de mundos.
E o segredo maior da escrita de Tolkien: A forma como consegue transmitir com uma intensidade quase sobrenatural, os sentimentos humanos (e não só...). Um épico, no sentido mais nobre do termo.
Peter Jackson, esse, fez o que pôde, e até não se saiu nada mal da tarefa...
saudações
FM
Não é, concordo, um grande filme, longe disso. Valerá, na minha opinião, um 7/10.
Agora, estão de facto espantosos os cenários e as personagens. Como fanático da trilogia (que li, até á data, duas vezes) achei impressionante a forma como o Peter Jackson consegiui transpor para o filme as paisagens, locais e personagens do livro. Moria, Rivendell, Lothlórien, a fabulosa composição dramática de Ian McKellen/Gandalf, parecem ter saído directamente da imagiação do leitor (pelo menos, da minha...) para o ecrã.
A partir de agora, sempre que voltarmos a ler "Lord of the Rings", é provável que Frodo, Gimli, Legolas, Sam Gamgee, etc, passem a aparecer na nossa cabeça com os rosto do filme.
Agora, o que filme não tem, nem poderia ter, é toda a fabulosa riqueza de pormenores do livro, já para não falar no próprio e inconfundível estilo literário de Tolkien (o humor, a ironia, a ternura...).
O episódio de Tom Bombadil foi obliterado (percebe-se porquê. Não tem propriamente acção, sendo antes uma das muitas efabulações filosóficas que estão espalhadas por "LOR") mas a perda maior do livro para o filme, será a inexistência (no filme) da dimensão "tempo", da "distãncia".
"LOR" tem um tempo (ou tempos...) próprio. A narrativa não é nunca linear. Depois, há as narrativas secundárias, que tanto podem ser a descrição de uma típica refeição hobbitiana, como uma anedota ou um cântico élfico. Mundos dentro de mundos.
E o segredo maior da escrita de Tolkien: A forma como consegue transmitir com uma intensidade quase sobrenatural, os sentimentos humanos (e não só...). Um épico, no sentido mais nobre do termo.
Peter Jackson, esse, fez o que pôde, e até não se saiu nada mal da tarefa...
saudações
FM
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