Sons
3 de Dezembro 1999
POP ROCK
Isotope 217º
Utonian Automatic (7)
Thrill Jockey, import. Lojas Valentim de Carvalho
Com o anterior álbum, “The Unstable Molecule”, os Isotope 217º inauguraram de forma auspiciosa a vertente mais jazzy do pós-rock com sede em Chicago que os Tortoise afloraram em “TNT” e os Chicago Underground Duo/Orchestra aprofundaram e radicalizaram, sempre no seio da Thrill Jockey, e que na Alemanha ganha força com os Tied + Tickled Trio, no seu novo e estimulante trabalho, “EA1 EA2”. “Utonian Automatic” dá um passo ao lado na relação entre as estratégias solísticas declaradamente de raiz jazzística e bases rítmicas rock, com a electrónica a invadir todo o espaço envolvente. Mais “cool”, digamos assim, que “The Unstable Molecule”, este novo trabalho dos Isotope 217º acaba, curiosamente, por se aproximar de um dos referenciais estéticos consultados com maior regularidade pelos pós-rockers de Chicago – a escola de Canterbury, aqui completamente assumida através dos Gilgamesh e dos National Health, em temas como “Audio Champion” e “Now beyond”, praticamente parafraseando a guitarra de Phil Miller e os teclados de Dave Stewart e Alan Gowen (“Solaris”). “Rest for the wicked” e “Looking after life on Mars” cultivam a veia mais convencional do jazz-rock, num álbum que nos primeiros nove minutes de “LUH” parece querer desenvolver as vias mais energéticas encetadas pelo grupo no seu disco de estreia mas que no último tema, “Real MC’s”, se esvazia no soft-jazz aquático de uma Annette Peacock, só que sem Annette Peacock, regressando à tona nuns estranhíssimos 30 segundos finais. Pós-jazz em compasso de espera.
3 de Dezembro 1999
POP ROCK
Isotope 217º
Utonian Automatic (7)
Thrill Jockey, import. Lojas Valentim de Carvalho
Com o anterior álbum, “The Unstable Molecule”, os Isotope 217º inauguraram de forma auspiciosa a vertente mais jazzy do pós-rock com sede em Chicago que os Tortoise afloraram em “TNT” e os Chicago Underground Duo/Orchestra aprofundaram e radicalizaram, sempre no seio da Thrill Jockey, e que na Alemanha ganha força com os Tied + Tickled Trio, no seu novo e estimulante trabalho, “EA1 EA2”. “Utonian Automatic” dá um passo ao lado na relação entre as estratégias solísticas declaradamente de raiz jazzística e bases rítmicas rock, com a electrónica a invadir todo o espaço envolvente. Mais “cool”, digamos assim, que “The Unstable Molecule”, este novo trabalho dos Isotope 217º acaba, curiosamente, por se aproximar de um dos referenciais estéticos consultados com maior regularidade pelos pós-rockers de Chicago – a escola de Canterbury, aqui completamente assumida através dos Gilgamesh e dos National Health, em temas como “Audio Champion” e “Now beyond”, praticamente parafraseando a guitarra de Phil Miller e os teclados de Dave Stewart e Alan Gowen (“Solaris”). “Rest for the wicked” e “Looking after life on Mars” cultivam a veia mais convencional do jazz-rock, num álbum que nos primeiros nove minutes de “LUH” parece querer desenvolver as vias mais energéticas encetadas pelo grupo no seu disco de estreia mas que no último tema, “Real MC’s”, se esvazia no soft-jazz aquático de uma Annette Peacock, só que sem Annette Peacock, regressando à tona nuns estranhíssimos 30 segundos finais. Pós-jazz em compasso de espera.
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