Fernando Magalhães
10.04.2002 190757
Roberto Musci e Giovanni Venosta são dois músicos italianos que nos anos
80 e 90 gravaram os mais extraordinários álbuns de que há memória, na área da
fusão (termo apenas cómodo para definir a síntese sem precedentes desta música
sem paralelo) da tecnologia (computadores, samples) com referenciais étnicos,
na criação de uma espécie de world music cósmica que arranca do preciso ponto
em que ficaram Eno e Byrne, em "My Life in the Bush of Ghosts" e o
Jon Hassell, das "músicas do quarto mundo".
Vamos aos álbuns. São todos obras-primas. Em cada uma delas, RM e GV explicam as fontes e processos que utilizaram, samples do estilo "pigmeu da Nova Guiné a lavar os dentes com uma escova elétrica" ou "turista esquimó a esquiar numa pista sintética da Disneylândia" (é o tipo de coisa que estes italianos fazem, mesmo!...), processados através do programa Blábláblá mais um solo de sax barítono jazz e um loop de uma orquestra de gamelão...
Mas o que poderia soar como uma manta de retalhos, não o é, mas sim uma música de extrema organicidade e originalidade em que as surpresas acontecem em cada segundo!
Os dois primeiros, "Water Messages on Desert Sand" e "Urban and Tribal Portraits" estão condensados num único CD com o selo Recommended (estava no "vendedor" mas acho que alguém já levou...Quem, já não me lembro...ele que se acuse :) ).
Os posteriores "A Noise, a Sound" e "Losing the Orthodox Path" são mais... "eruditos", num estilo de "música contemporânea de um mundo perdido".
Tanto RM como GV têm também álbuns a solo magníficos, como "Olympic Signals" (Venniosta) e "The Loa of Music" (Musci, o vendedor tem...).
Considero os dois primeiros e já citados dois álbuns da dupla, dois clássicos dos anos 80.
FM
Vamos aos álbuns. São todos obras-primas. Em cada uma delas, RM e GV explicam as fontes e processos que utilizaram, samples do estilo "pigmeu da Nova Guiné a lavar os dentes com uma escova elétrica" ou "turista esquimó a esquiar numa pista sintética da Disneylândia" (é o tipo de coisa que estes italianos fazem, mesmo!...), processados através do programa Blábláblá mais um solo de sax barítono jazz e um loop de uma orquestra de gamelão...
Mas o que poderia soar como uma manta de retalhos, não o é, mas sim uma música de extrema organicidade e originalidade em que as surpresas acontecem em cada segundo!
Os dois primeiros, "Water Messages on Desert Sand" e "Urban and Tribal Portraits" estão condensados num único CD com o selo Recommended (estava no "vendedor" mas acho que alguém já levou...Quem, já não me lembro...ele que se acuse :) ).
Os posteriores "A Noise, a Sound" e "Losing the Orthodox Path" são mais... "eruditos", num estilo de "música contemporânea de um mundo perdido".
Tanto RM como GV têm também álbuns a solo magníficos, como "Olympic Signals" (Venniosta) e "The Loa of Music" (Musci, o vendedor tem...).
Considero os dois primeiros e já citados dois álbuns da dupla, dois clássicos dos anos 80.
FM
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