Fernando Magalhães
21.01.2002 160425
Só para sair um pouco desta modorra... :)
Já não sei quem é que me perguntou qualquer coisa sobre um CD da PAULINE OLIVEROS com (?) os DEEP LISTENING BAND.
Confesso que não sou grande fã da senhora...dos discos que ouvi dela, se não estou em erro, na New Albion, não retive a ideia de uma música excepcional...
Em relação aos DEEP LISTENING BAND, lembro-me de ter achado alguma piada a um álbum, também na New Albion, julgo eu, gravado no interior de uma cisterna, para tirar partido da ressonância e das excepcionais condições acústicas...
Sobre o "Fragile", dos YES. Sem ser dos melhores álbuns dos YES (7,5/10, mesmo assim...) tem o tal "Heart of the Sunrise"...
Mas os YES nunca foram a minha banda "prog" preferida, embora tenha todos os álbuns deles até ao "Tormato" e dois CDs mais recentes, o vol. 2 do "Keys to Ascension" - 7/10 (via "o vendedor"...) e o "The Ladder" (6,5/10).
Quanto aos que valem a pena:
"YES" - 7,5/10 - canções pop prog psych
"Time and a Word" - 8/10 - idem, c/arranjos mais sofisticados
"The Yes Album" - 9/10 - um excelente complemento para fúria energética dos KING CRIMSON
"Close to the Edge" - 9/10 - clássico do Prog. A música popular aliada ao (bom) pretensiosismo.
"Tales from the Topographic Oceans" - 9/10 Mais ainda aqui. Há quem ache excessivo. Para mim é a obra magna dos YES - mas necessita de muitas e muitas audições para se penetrar neste mantra de múltiplas dimensões...
"Relayer" - 8,5/10 - A guitarra de Steve Howe em delírio, na longa suite do lado um - um portento!...Pena Jon Anderson já estar neste álbum apanhado na teia tecida por Vangelis...
"Going for the One" - 7,5/10 - álbum de manutenção, com o "clássico""Awake/Awake" a destacar-se.
"Tormato" - 7/10 - OVNIS com fartura e um tema "infantil", mas mágico, de Jon Anderson sobre o circo (é deste álbum ou do anterior, já não estou certo... :) )
FM
Já não sei quem é que me perguntou qualquer coisa sobre um CD da PAULINE OLIVEROS com (?) os DEEP LISTENING BAND.
Confesso que não sou grande fã da senhora...dos discos que ouvi dela, se não estou em erro, na New Albion, não retive a ideia de uma música excepcional...
Em relação aos DEEP LISTENING BAND, lembro-me de ter achado alguma piada a um álbum, também na New Albion, julgo eu, gravado no interior de uma cisterna, para tirar partido da ressonância e das excepcionais condições acústicas...
Sobre o "Fragile", dos YES. Sem ser dos melhores álbuns dos YES (7,5/10, mesmo assim...) tem o tal "Heart of the Sunrise"...
Mas os YES nunca foram a minha banda "prog" preferida, embora tenha todos os álbuns deles até ao "Tormato" e dois CDs mais recentes, o vol. 2 do "Keys to Ascension" - 7/10 (via "o vendedor"...) e o "The Ladder" (6,5/10).
Quanto aos que valem a pena:
"YES" - 7,5/10 - canções pop prog psych
"Time and a Word" - 8/10 - idem, c/arranjos mais sofisticados
"The Yes Album" - 9/10 - um excelente complemento para fúria energética dos KING CRIMSON
"Close to the Edge" - 9/10 - clássico do Prog. A música popular aliada ao (bom) pretensiosismo.
"Tales from the Topographic Oceans" - 9/10 Mais ainda aqui. Há quem ache excessivo. Para mim é a obra magna dos YES - mas necessita de muitas e muitas audições para se penetrar neste mantra de múltiplas dimensões...
"Relayer" - 8,5/10 - A guitarra de Steve Howe em delírio, na longa suite do lado um - um portento!...Pena Jon Anderson já estar neste álbum apanhado na teia tecida por Vangelis...
"Going for the One" - 7,5/10 - álbum de manutenção, com o "clássico""Awake/Awake" a destacar-se.
"Tormato" - 7/10 - OVNIS com fartura e um tema "infantil", mas mágico, de Jon Anderson sobre o circo (é deste álbum ou do anterior, já não estou certo... :) )
FM
Fernando Magalhães
21.01.2002 180628
quote:
Publicado originalmente por rat-tat-tat
Claro que agradeço sugestões! :) Ainda são audições muito fragmentárias e gostava de encontrar um certo sentido e coerência evolutiva (by the way: consegues-me definir "música concreta" em poucas palavras?)
Daqueles nomes acima referidos gosto de todos, embora já tenha ficado "pasmado" com um tema do Steve Reich, em que a estrutura é apenas constituída pela repetição da expressão "come out" (se não estou em erro!), com pequenas nuances e acelerações. Pareceu-me um daqueles casos de experimentação que não leva a lado nenhum.
E qual é o ponto de contacto dos Negativeland, com tudo isto?
tat
Claro que agradeço sugestões! :) Ainda são audições muito fragmentárias e gostava de encontrar um certo sentido e coerência evolutiva (by the way: consegues-me definir "música concreta" em poucas palavras?)
Daqueles nomes acima referidos gosto de todos, embora já tenha ficado "pasmado" com um tema do Steve Reich, em que a estrutura é apenas constituída pela repetição da expressão "come out" (se não estou em erro!), com pequenas nuances e acelerações. Pareceu-me um daqueles casos de experimentação que não leva a lado nenhum.
E qual é o ponto de contacto dos Negativeland, com tudo isto?
tat
Vamos por partes :)
O termo "música concreta" (musique concrète, como costuma ser designada...) foi inventado pelo compositor francês Pierre Schaeffer e surge na sequência da escola serialista de Viena (Webern, Weber...) aplica-se a uma música eletro-acústica construída a partir (mas não só...) de sons "concretos", leia-se naturais (objetos, água, vozes humanas, sons de animais, etc) tratados eletronicamente.
O prolongamento natural da música concreta é a chamada música acusmática, em que os elementos sonoros provenientes de fontes que não os instrumentos musicais convencionais, já não são imediatamente identificáveis (samples, tapes, programas, etc).
O STEVE REICH tem álbuns excecionais, mas que exigem um tipo de escuta "diferente": Recomendo especialmente o "Music for 18 Musicians", editado na ECM. O minimalismo na sua essência mais nobre: uma música "multiplicadora de músicas", capaz de provocar em quem a ouve a audição de harmonias e sons que não estão (ou estarão?...) presentes materialmente no som executado. A experiência pode ser exaltante. Lembro-me de um concerto inolvidável, aqui há uns anos, na Gulbenkian, com música de S. Reich (em que o próprio esteve presente, se não me engano). Uma das peças, para seis pianos verticais, criava no auditor uma verdadeira "sinfonia" de músicas sobrepostas!!!
Quanto aos NEGATIVLAND...não têm rigorosamente nada a ver com estes universos musicais. O tipo de estética baseado em colagens que praticam terá mais a ver com um equivalente em banda-desenhada + pop eletrónica + sarcasmo, dos Residents ou dos percursores Frank Zappa e Faust. Os Negativland não pertencem a mundo da música erudita mas, pelo contrário, ao que de mais fundo e paradoxal existe no mundo da música popular - que a cada momento se encarregam de denunciar, desmistificar e sabotar. "car Boooooooooooob" (de "Escape from Noise")- BUUUMMMM!!!!
saudações
FM
Fernando Magalhães
21.01.2002 190707
O "Escape from Noise" é um disco chave dos anos
80.
O "Helter Stupid" é notável a nível do conceito (conheces a história? É sobre o pretenso massacre provocado por um jovem na sequência da audição de mensagens subliminares contidas num tema de "Escape...", "Christianity is stupid". O grupo divulgou a falta notícia e, claro, os media engoliram-na como verdadeira, lançando de imediato opiniões sobre os malefícios da música rock sobre a juventude, que estava provada a sua influência perniciosa nas mentes jovens, etc, etc, etc.
Infelizmente a música nunca consegue estar ao nível da mensagem. Nem sequer fiquei com este álbum!
FM
O "Helter Stupid" é notável a nível do conceito (conheces a história? É sobre o pretenso massacre provocado por um jovem na sequência da audição de mensagens subliminares contidas num tema de "Escape...", "Christianity is stupid". O grupo divulgou a falta notícia e, claro, os media engoliram-na como verdadeira, lançando de imediato opiniões sobre os malefícios da música rock sobre a juventude, que estava provada a sua influência perniciosa nas mentes jovens, etc, etc, etc.
Infelizmente a música nunca consegue estar ao nível da mensagem. Nem sequer fiquei com este álbum!
FM
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