Sons
16 de Outubro 1998
REEDIÇÕES
Incredible String Band
Be Glad for the Song has no Ending (8)
Edsel, distri. Megamúsica
Para os admiradores dos Incredible String Band, constitui um acontecimento a reedição, primeira em compacto, de “Be Glad for the Song has no Ending”, editado originalmente em 1970 como banda sonora de um documentário de cosmologia realizado por Peter Neal, que antes já dirigira “Experience”, sobre Jimi Hendrix.
“Be Glad” é um álbum estranho dentro da estranheza prevalecente no interior de toda a música dos ISB. Separado, na edição original em vinilo, em duas partes distintas, a primeira inclui algumas das composições mais brilhantes de Robin Williamson (“Come with me”, “Veshengro”, Waiting for you”) e de Mike Heron (“All writ down”, com temática inspirada na Scientologia) e uma versão ao vivo de “See all the people”, gravado em 1968 no Royal Albert Hall, em dueto de voz e guitarras de Robin e Mike. Menos contrastantes que noutras ocasiões, em que se tornam evidentes as diferenças de estilo composicional desta dupla cuja produtividade resultava, amiúde, do confronto das respectivas personalidades, sobressai, no entanto, deste conjunto de composições, o lado bárdico de Williamson, cujo espírito era capaz de albergar um lote de referências – da música indiana e céltica ao jazz e aos “blues” – superior ao do seu companheiro.
O segundo lado era ocupado na íntegra pelos 26m45s de “The song has no ending”, colagem de nove fragmentos inspirados na fábula “The Pirate and the Crystal Ball” (preenchia a segunda parte do filme de Neal), onde está condensada toda a estética de contrastes harmonizados como por magia por um dos grupos seminais da década. Recorrendo à habitual panóplia de instrumentos tradicionais, de rock e da música clássica (bandolim, sarangi, bouzouki, tin whistle, órgão de foles, tablas, violino, gimbri, órgão electrónico, cravo, sitar, etc.), os ISB criaram um painel de “acid folk” cujo folclore cósmico pairava numa onde “hippie” que apenas tem paralelo no universo dos “pot head pixies”, embebido em erva e haxixe, dos Gong.
16 de Outubro 1998
REEDIÇÕES
Incredible String Band
Be Glad for the Song has no Ending (8)
Edsel, distri. Megamúsica
Para os admiradores dos Incredible String Band, constitui um acontecimento a reedição, primeira em compacto, de “Be Glad for the Song has no Ending”, editado originalmente em 1970 como banda sonora de um documentário de cosmologia realizado por Peter Neal, que antes já dirigira “Experience”, sobre Jimi Hendrix.
“Be Glad” é um álbum estranho dentro da estranheza prevalecente no interior de toda a música dos ISB. Separado, na edição original em vinilo, em duas partes distintas, a primeira inclui algumas das composições mais brilhantes de Robin Williamson (“Come with me”, “Veshengro”, Waiting for you”) e de Mike Heron (“All writ down”, com temática inspirada na Scientologia) e uma versão ao vivo de “See all the people”, gravado em 1968 no Royal Albert Hall, em dueto de voz e guitarras de Robin e Mike. Menos contrastantes que noutras ocasiões, em que se tornam evidentes as diferenças de estilo composicional desta dupla cuja produtividade resultava, amiúde, do confronto das respectivas personalidades, sobressai, no entanto, deste conjunto de composições, o lado bárdico de Williamson, cujo espírito era capaz de albergar um lote de referências – da música indiana e céltica ao jazz e aos “blues” – superior ao do seu companheiro.
O segundo lado era ocupado na íntegra pelos 26m45s de “The song has no ending”, colagem de nove fragmentos inspirados na fábula “The Pirate and the Crystal Ball” (preenchia a segunda parte do filme de Neal), onde está condensada toda a estética de contrastes harmonizados como por magia por um dos grupos seminais da década. Recorrendo à habitual panóplia de instrumentos tradicionais, de rock e da música clássica (bandolim, sarangi, bouzouki, tin whistle, órgão de foles, tablas, violino, gimbri, órgão electrónico, cravo, sitar, etc.), os ISB criaram um painel de “acid folk” cujo folclore cósmico pairava numa onde “hippie” que apenas tem paralelo no universo dos “pot head pixies”, embebido em erva e haxixe, dos Gong.
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