Sons
16 de Outubro 1998
POP ROCK - DISCOS
Jah Wobble
The Five Tone Dragon (5)
30 Hertz, distri. MVM
Jah Wobble, o mamute do baixo que nos últimos anos tem procurado assumir um papel semelhante ao de Brian Eno, enquanto aglutinador e transformador de formas musicais alheias, apresenta neste seu novo trabalho a intérprete chinesa Zi Lan Liao, executante de harpa. Mas se o antigo baixista dos Public Image foi modesto ao ponto de escrever na capa o nome da chinesa, teve, todavia, o cuidado de reservar para si todos os créditos pela composição. “The Five Tone Dragon” padece da irremediável tendência de Wobble para, em termos de ritmo, reduzir tudo em que toca a um pastelão. Assim, o primeiro tema, “The five tone dragon”, procura enfiar, com total falta de tacto, a música chinesa no chinelo da música de dança. O resultado é qualquer coisa como os OMD a fazerem um sorriso amarelo. O resto do disco é preenchido pelos 34m de “The River”, aproximação contemporânea às formas musicais da tradição chinesa. Com Joji Hirota a encarregar-se das percussões e os sopros entregues a músicos como Harry Beckett (trompete), Clive Bell (dos Kahondo Style, em flautas clássicas e étnicas) e Jean Pierre Rasle (do grupo folk Cock & Bull, em gaita-de-foles, cromorna e flauta de bisel), “The River” faz subir a fasquia. Mas ainda aqui o que de interessante existe nas diversas intervenções solistas é destruído pelas irritantes orquestrações de Wobble, num registo marcial e pretensamente épico que corta por completo o efeito de misticismo pretendido.
16 de Outubro 1998
POP ROCK - DISCOS
Jah Wobble
The Five Tone Dragon (5)
30 Hertz, distri. MVM
Jah Wobble, o mamute do baixo que nos últimos anos tem procurado assumir um papel semelhante ao de Brian Eno, enquanto aglutinador e transformador de formas musicais alheias, apresenta neste seu novo trabalho a intérprete chinesa Zi Lan Liao, executante de harpa. Mas se o antigo baixista dos Public Image foi modesto ao ponto de escrever na capa o nome da chinesa, teve, todavia, o cuidado de reservar para si todos os créditos pela composição. “The Five Tone Dragon” padece da irremediável tendência de Wobble para, em termos de ritmo, reduzir tudo em que toca a um pastelão. Assim, o primeiro tema, “The five tone dragon”, procura enfiar, com total falta de tacto, a música chinesa no chinelo da música de dança. O resultado é qualquer coisa como os OMD a fazerem um sorriso amarelo. O resto do disco é preenchido pelos 34m de “The River”, aproximação contemporânea às formas musicais da tradição chinesa. Com Joji Hirota a encarregar-se das percussões e os sopros entregues a músicos como Harry Beckett (trompete), Clive Bell (dos Kahondo Style, em flautas clássicas e étnicas) e Jean Pierre Rasle (do grupo folk Cock & Bull, em gaita-de-foles, cromorna e flauta de bisel), “The River” faz subir a fasquia. Mas ainda aqui o que de interessante existe nas diversas intervenções solistas é destruído pelas irritantes orquestrações de Wobble, num registo marcial e pretensamente épico que corta por completo o efeito de misticismo pretendido.
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