Sons
4 de Dezembro 1998
DISCOS – POP ROCK
Peter Hammill
This (9)
Fie! Distri. Megamúsica
Volvidos 30 anos sobre o início de carreira, consumida a loucura cósmico-existencialista dos Van Der Graaf Generator, Hammill prossegue a sua viagem pelos confins da loucura e do amor. “This”, gravado com a companhia habitual dos saxofones alucinados de David Jackson, o violino e viola-de-arco de Stuart Gordon e a bateria de Manny Elias, é uma explosão de energia e de mensagens cruzadas que brotam em discurso directo de uma alma atormentada. Depois de uma fase de alguma estagnação, Hammill parece ter encetado, a partir de “X my-Heart” e “Everyone you Hold”, o caminho que o levará, por fim, a descobrir os segredos que se ocultam por detrás do horizonte. Recuperam-se e reordenam-se em “This” antigas e novas angústias, antigos e novos sons, numa eterna mutação de descoberta interior. Dos Van Der Graaf, escutam-se as convulsões, em “Frozen in place”, positivamente enlouquecido pelo sax de Jackson. A electrónica ordenada segundo os esquemas da esquizofrenia urbana, de “The Future Now” e “PH7”, assomam em “Stupid”. E há, ainda e sempre, a poesia imensa de um piano enegrecido pela noite a embalar o pesadelo, como se este fosse uma criança, em “Since the kids”. Mais o mergulho nas tapeçarias étnicas de “Nightman”, o choro de cordas de “Fallen (the City of Night)” e o poder multifónico e multivocal de “Always is next”, tatuado a fogo e adrenalina. Encerrando-se a cerimónia com os 14 minutos de “The light continent”, reverso lunar, iluminado pela visão e pela profecia, através das profundezas da esperança e da dor, escuridão absoluta e do dilúvio sulfúrico que caracterizam uma das sequências poético/instrumentais mais aterradoras de toda a música popular, “Magog (In bromine chambers)”, da obra-prima “In Camera”.
4 de Dezembro 1998
DISCOS – POP ROCK
Peter Hammill
This (9)
Fie! Distri. Megamúsica
Volvidos 30 anos sobre o início de carreira, consumida a loucura cósmico-existencialista dos Van Der Graaf Generator, Hammill prossegue a sua viagem pelos confins da loucura e do amor. “This”, gravado com a companhia habitual dos saxofones alucinados de David Jackson, o violino e viola-de-arco de Stuart Gordon e a bateria de Manny Elias, é uma explosão de energia e de mensagens cruzadas que brotam em discurso directo de uma alma atormentada. Depois de uma fase de alguma estagnação, Hammill parece ter encetado, a partir de “X my-Heart” e “Everyone you Hold”, o caminho que o levará, por fim, a descobrir os segredos que se ocultam por detrás do horizonte. Recuperam-se e reordenam-se em “This” antigas e novas angústias, antigos e novos sons, numa eterna mutação de descoberta interior. Dos Van Der Graaf, escutam-se as convulsões, em “Frozen in place”, positivamente enlouquecido pelo sax de Jackson. A electrónica ordenada segundo os esquemas da esquizofrenia urbana, de “The Future Now” e “PH7”, assomam em “Stupid”. E há, ainda e sempre, a poesia imensa de um piano enegrecido pela noite a embalar o pesadelo, como se este fosse uma criança, em “Since the kids”. Mais o mergulho nas tapeçarias étnicas de “Nightman”, o choro de cordas de “Fallen (the City of Night)” e o poder multifónico e multivocal de “Always is next”, tatuado a fogo e adrenalina. Encerrando-se a cerimónia com os 14 minutos de “The light continent”, reverso lunar, iluminado pela visão e pela profecia, através das profundezas da esperança e da dor, escuridão absoluta e do dilúvio sulfúrico que caracterizam uma das sequências poético/instrumentais mais aterradoras de toda a música popular, “Magog (In bromine chambers)”, da obra-prima “In Camera”.
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