Sons
4 de Dezembro 1998
PORTUGUESES
Rui Júnior & O Ó Que Som Tem
O Mundo não Quer Acabar (8)
Ed. e distri. Farol
Depois da disciplina imposta ao seu anterior projecto com os O Ó Que Som Tem, “Ó Tambor” com o tempo de pedagogia de permeio concedido ao projecto e escola de percussões Tocá Rufar, Rui Júnior decidiu-se em “O Mundo não Quer Acabar” por uma maior abertura sonora que se traduz num registo por vezes próximo de certos modelos conotados com “new age” no seu lado telúrico, personificada por músicos como Steve Roach, Erik Wøllo, Michael Stearns ou Stephen Kent. Por entre as ondulações do mar e o batuque guerreiro dos Tocá Rufar, a voz do velho construtor de instrumentos de percussão utilizadas pelo grupo, Aurélio Santos, surge como pontuação e esteio material de um imaginário e de processos que transcendem de longe o simples universo dos ritmos. As palavras, de Daniel Nhelas, intrometem-se ainda no título-tema e um didjeridu faz estremecer as fundações de “Foi assim”, ritual de noite e de terra semelhante aos celebrados pelos Lights in a Fat City ou O Yuki Conjugate. Seguem-se uma série de exercícios mais tradicionais em torno dos tambores e das suas diversas respirações, para, no final, em “Assim Sim’s”, de novo a voz de Aurélio Santos nos recordar que esta é uma música que se faz com o sol, a pele e a madeira. O batimento colectivo dos Tocá Rufar, no “fade out” derradeiro, faz assim jus a uma velha afirmação de Rui Júnior, de que “andar para longe não é perder de vista aquilo que está bem pertinho, mesmo junto à pele”.
4 de Dezembro 1998
PORTUGUESES
Rui Júnior & O Ó Que Som Tem
O Mundo não Quer Acabar (8)
Ed. e distri. Farol
Depois da disciplina imposta ao seu anterior projecto com os O Ó Que Som Tem, “Ó Tambor” com o tempo de pedagogia de permeio concedido ao projecto e escola de percussões Tocá Rufar, Rui Júnior decidiu-se em “O Mundo não Quer Acabar” por uma maior abertura sonora que se traduz num registo por vezes próximo de certos modelos conotados com “new age” no seu lado telúrico, personificada por músicos como Steve Roach, Erik Wøllo, Michael Stearns ou Stephen Kent. Por entre as ondulações do mar e o batuque guerreiro dos Tocá Rufar, a voz do velho construtor de instrumentos de percussão utilizadas pelo grupo, Aurélio Santos, surge como pontuação e esteio material de um imaginário e de processos que transcendem de longe o simples universo dos ritmos. As palavras, de Daniel Nhelas, intrometem-se ainda no título-tema e um didjeridu faz estremecer as fundações de “Foi assim”, ritual de noite e de terra semelhante aos celebrados pelos Lights in a Fat City ou O Yuki Conjugate. Seguem-se uma série de exercícios mais tradicionais em torno dos tambores e das suas diversas respirações, para, no final, em “Assim Sim’s”, de novo a voz de Aurélio Santos nos recordar que esta é uma música que se faz com o sol, a pele e a madeira. O batimento colectivo dos Tocá Rufar, no “fade out” derradeiro, faz assim jus a uma velha afirmação de Rui Júnior, de que “andar para longe não é perder de vista aquilo que está bem pertinho, mesmo junto à pele”.
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