Sons
8 de Janeiro 1999
OS DISCOS DAS NOSSAS VIDAS
Uma racha no crânio
Os discos importados e as interferências da rádio, a bizarria progressiva, o krautrock e o ódio ao punk. Mas o que realmente fica é a revelação de que os perigos que o consumo e audição desenfreados de álbuns podem não ser apenas psicológicos. É o que acontece quando um disco dos Public Image Ltd. nos acerta em cheio no crânio.
O disco que mais me marcou em toda a minha vida foi, sem sombra de dúvida, “Metal Box”, dos Public Image Ltd. Vinha embalado numa caixa circular em metal. Calhou, numa certa data fatídica, cair da estante em que se encontrava, atingindo-me em cheio no crânio. Fiquei marcado para sempre. Cinco pontos no occipital mais um trauma profundo que me fez odiar para sempre John Lydon e a música dos PIL. Foi, de qualquer forma, o contacto mais físico que alguma vez tive com um disco.
Mas a minha relação com a música popular e com os discos começara muitos anos antes do acidente. Carregando na tecla “rewind”, chego a 1968, aos 13 anos de idade. Como ainda não possuía gira-discos, ouvia rádio. Aliás, como toda a gente interessada pela música nessa época. Só mais tarde me apercebi dos perigos, não só lesivos da integridade física, como, sobretudo, psicológicos, que o consumo e audição desenfreados de álbuns de música pop/rock implicava.
No início, ouvir música era uma actividade inocente. Fixava o nome das canções, por vezes tomava notas ou elaborava as minhas próprias listas de preferências. Lembro-me de escutar até ao enjoo, quer obras-primas como “The dock of the bay”, de Otis Redding, quer coisas tão prosaicas como “The Legend of Xanadu”, de Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick and Tich ou “Bonnie & Clyde”, de Georgie Fame. “Light my fire”, escutei-a pela primeira vez na voz de José Feliciano. Quando ouvi o original, dos Doors, senti-me chocado. A voz de Jim Morrison não tremia o suficiente...
Fui passando o tempo desta maneira até que, na transição para a década de 70, a loucura explodiu, tornando-se galopante com o passar dos anos. Um programa da Rádio Renascença fez nascer em mim o gosto pelas músicas bizarras e pelas sonoridades mais retorcidas da então emergente “música progressiva”, esse papão das décadas seguintes. Chamava-se o programa Página Um, com locução e realização de José Manuel Nunes. Abriram-se mundos. Cada audição de álbuns com o selo de editoras como a Vertigo, Island, Harvest ou Neon constituía uma descoberta: Trees, Savoy Brown, Jethro Tull, Forest, Incredible String Band, Gracious, The Greatest Show on Earth, Warm Dust, Quatermass eram nomes que se me iluminavam na imaginação envolvidos numa mística própria. A música tinha cor e sabor. Nas discotecas (por vezes minúsculas lojas de electrodomésticos) encontravam-se muitos desses discos (invariavelmente com capas de abrir) que hoje são preciosidades para o coleccionador. Comprei uns tantos e desdenhei uma quantidade de outros. “It’ll all Work out in Boomland”, dos T2, “Ben”, dos Ben, “Pre-Flight”, dos Room, “Three Parts to my Soul”, dos Dr. Z, “The Polite Force”, dos Egg, “Sorcerers” dos Jan Dukes de Grey, entre outras raridades, passaram-me pelas mãos…
Também ganhei o hábito de escutar – em péssimas condições, diga-se de passagem, tal a quantidade de interferências – a Radio Luxembourg, só por causa de um programa chamado Dimensions. A locução estava a cargo de Kid Jensen, que hoje ganha a vida a fazer anúncios de colectâneas saudosistas no Quantum Channel, mas nessa altura era quase um guru, concorrente de John Peel. Por vezes passava faixas inteiras, interessantíssimas, de 20 minutos, de bandas desconhecidas. Quem seriam? Terrível expectativa. Quando, finalmente, o Kid se prestava a revelar o segredo, lá vinha a onda de ruído tapar a audição do nome do intérprete. Mas lá fui apanhando uns quantos nomes: Focus, Clarck Hutchinson, Dando Shaft, Mogul Trash, entre dezenas de outros que hoje preenchem o catálogo de reedições em compacto da Repertoire.
Claro que, entretanto, a compra de álbuns já se tornara um imperativo estético e moral (há quem lhe chame vício). Com o “pequeno” senão da mais do que frequente falta de liquidez obstar a aquisição de todos os objectos de desejo. Acabei por descobrir que saía mais barato mandar vir os discos de fora. Através de firmas exportadoras como a Tandy’s e, mais tarde, a COB. Horas e horas de angústia, com as semanas a passar devagar, até a campainha da porta tocar, por fim, de uma forma especial, e aparecer-me pela frente o carteiro segurando nas mãos o mágico embrulho de cartão. Rasgado furiosamente o pacote, seguia-se o prazer da revelação, o manuseamento da capa, terminando na audição de álbuns que muitas vezes encomendava sem nunca os ter ouvido antes, apenas por uma foto da capa ou pela leitura de uma crítica mais sugestiva no “Melody Maker”, no “New Musical Express” ou nas revistas francesas “Rock & Folk” e “Best”. Muitas vezes por simples intuição.
Anos de magia, em que parecia dispor de todo o tempo para ouvir um disco, as vezes que quisesse, até conhecer de cor as letras e as melodias. Um, dois por mês, chegavam, a princípio, para me ocupar até à encomenda seguinte. Depois, à medida que as posses iam aumentando, aumentava proporcionalmente o ritmo de compra com o consequente descalabro económico. Era o vício a ditar as suas leis.
Foram esses os anos do deslumbramento, da procura inflamada da criatividade e da diferença que determinariam a partir daí a minha forma de ouvir música.
A aventura continuou por outras descobertas e latitudes. Do “krautrock” (Tangerine Dream, Harmonia, Cluster, Kraftwerk, Neu!, Yatha Sidhra, Release Music Orchestra, Parzival, Klaus Schulze, Eroc, Wallenstein, as edições originais encontravam-se com facilidade...), dos tesouros de Canterbury (Soft Machine, Hatfield and the North, Caravan, Khan, Gong, Gilgamesh, National Health, Kevin Ayers,...) das pérolas da Virgin (David Vorhaus, Comus, Henry Cow, Faust...). E ouvia os programas de rádio do António Sérgio. Até ao ano da grande desilusão: 1976. Confesso: odiei o “punk” desde o primeiro momento. Curiosamente, foi o mesmo António Sérgio o primeiro a divulgar a praga em Portugal. Ouvia e amaldiçoava os Sex Pistols, Sham 69, X-Ray Spex, 999, The Damned (apesar de Lol Coxhill tocar num dos seus discos...). A salvação chegou dos Estados Unidos, com os Suicide, Devo, Talking Heads, Pere Ubu. A Inglaterra contribuiu com os Cabaret Voltaire e os Human League, de “Reproduction”, “Travelogue” e do EP “The Dignity of Labour”.
O passo seguinte foi o mergulho insano nos “industriais” (o que prejudicou grandemente a minha saúde mental). O lema era Einstuerzende Neubauten, Test Department e SPK; bidões, Black & Decker e martelos pneumáticos. Mas antes o fogo e metal das fábricas do apocalipse que o pontapé na avó da punkalhada.
Com a chegada dos anos 80, após um flirt com a Made to Measure (Hector Zazou, Daniel Schell, Benjamin Lew & Steven Brown) transferi-me com armas e bagagem para o universo da Recommended Records, onde o espírito do Progressivo adquirira novas formas de beleza e esquizofrenia criativa: Roberto Musci & Giovanni Venosta, Doctor Nerve, Jocelyn Robert, Biota, Steve Moore, Wha Ha Ha, Boris Kovac, Non Credo, Wondeur Brass... Alguém se deve lembrar de uma certa lista dos melhores álbuns dos anos 80 que apareceu publicada, em duas semanas consecutivas, no jornal “Blitz”... Quando, por fim, já nos anos 90, comecei a escrever sobre música, a razão deu início à sua actividade de médico legista. Mas as autópsias não conseguiram arrefecer a paixão. Foram milhares e milhares de sons sulcados pela agulha do gira-discos e pelo laser do CD que sulcaram igualmente a minha alma.
Discos da minha vida, há vários. Contudo, apenas um me fez chorar, quando o ouvi pela primeira vez: “Pawn Hearts”, dos Van der Graaf Generator, onde percebi que a santidade e a loucura podiam ser uma e a mesma coisa e coexistir num homem só. Fui conferindo a minha própria loucura pelos poemas e pela música de Peter Hammill. Estremeci com “In Camera”, que me fez compreender onde termina uma canção e começa o inferno.
É verdade, e a folk? Essa é outra história. Uma história de amor sem o reverso da medalha. Encetou-se em 1969 quando uma amiga me ofereceu “Liege & Lief” dos Fairport Convention. A partir daí fluiu como um rio com o caudal cada vez mais forte. Até hoje.
Termino com uma lista (não há quem lhes resista) de dez discos cujas primeiras audições, no mínimo, me fizeram acreditar que a música popular pode ser algo mais do que uma maquinação da indústria. Discos que me fizeram sentir o mesmo frémito da “primeira vez”:
“Ummagumma” (o disco de estúdio) (Pink Floyd, 69)
“Acquiring the Taste” (Gentle Giant, 70)
“Magma” (Magma, 70)
“Faust” (Faust, 71)
“Ege Bamyasi” (Can,72)
“The Henry Cow Leg End” (Henry Cow, 73)
“Rock Bottom” (Robert Wyatt, 74)
“Autobahn” (Kraftwerk, 74)
“Suicide” (Suicide, 77)
“Low” (David Bowie, 77)
“Berlin” (Art Zoyd, 87)
8 de Janeiro 1999
OS DISCOS DAS NOSSAS VIDAS
Uma racha no crânio
Os discos importados e as interferências da rádio, a bizarria progressiva, o krautrock e o ódio ao punk. Mas o que realmente fica é a revelação de que os perigos que o consumo e audição desenfreados de álbuns podem não ser apenas psicológicos. É o que acontece quando um disco dos Public Image Ltd. nos acerta em cheio no crânio.
O disco que mais me marcou em toda a minha vida foi, sem sombra de dúvida, “Metal Box”, dos Public Image Ltd. Vinha embalado numa caixa circular em metal. Calhou, numa certa data fatídica, cair da estante em que se encontrava, atingindo-me em cheio no crânio. Fiquei marcado para sempre. Cinco pontos no occipital mais um trauma profundo que me fez odiar para sempre John Lydon e a música dos PIL. Foi, de qualquer forma, o contacto mais físico que alguma vez tive com um disco.
Mas a minha relação com a música popular e com os discos começara muitos anos antes do acidente. Carregando na tecla “rewind”, chego a 1968, aos 13 anos de idade. Como ainda não possuía gira-discos, ouvia rádio. Aliás, como toda a gente interessada pela música nessa época. Só mais tarde me apercebi dos perigos, não só lesivos da integridade física, como, sobretudo, psicológicos, que o consumo e audição desenfreados de álbuns de música pop/rock implicava.
No início, ouvir música era uma actividade inocente. Fixava o nome das canções, por vezes tomava notas ou elaborava as minhas próprias listas de preferências. Lembro-me de escutar até ao enjoo, quer obras-primas como “The dock of the bay”, de Otis Redding, quer coisas tão prosaicas como “The Legend of Xanadu”, de Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick and Tich ou “Bonnie & Clyde”, de Georgie Fame. “Light my fire”, escutei-a pela primeira vez na voz de José Feliciano. Quando ouvi o original, dos Doors, senti-me chocado. A voz de Jim Morrison não tremia o suficiente...
Fui passando o tempo desta maneira até que, na transição para a década de 70, a loucura explodiu, tornando-se galopante com o passar dos anos. Um programa da Rádio Renascença fez nascer em mim o gosto pelas músicas bizarras e pelas sonoridades mais retorcidas da então emergente “música progressiva”, esse papão das décadas seguintes. Chamava-se o programa Página Um, com locução e realização de José Manuel Nunes. Abriram-se mundos. Cada audição de álbuns com o selo de editoras como a Vertigo, Island, Harvest ou Neon constituía uma descoberta: Trees, Savoy Brown, Jethro Tull, Forest, Incredible String Band, Gracious, The Greatest Show on Earth, Warm Dust, Quatermass eram nomes que se me iluminavam na imaginação envolvidos numa mística própria. A música tinha cor e sabor. Nas discotecas (por vezes minúsculas lojas de electrodomésticos) encontravam-se muitos desses discos (invariavelmente com capas de abrir) que hoje são preciosidades para o coleccionador. Comprei uns tantos e desdenhei uma quantidade de outros. “It’ll all Work out in Boomland”, dos T2, “Ben”, dos Ben, “Pre-Flight”, dos Room, “Three Parts to my Soul”, dos Dr. Z, “The Polite Force”, dos Egg, “Sorcerers” dos Jan Dukes de Grey, entre outras raridades, passaram-me pelas mãos…
Também ganhei o hábito de escutar – em péssimas condições, diga-se de passagem, tal a quantidade de interferências – a Radio Luxembourg, só por causa de um programa chamado Dimensions. A locução estava a cargo de Kid Jensen, que hoje ganha a vida a fazer anúncios de colectâneas saudosistas no Quantum Channel, mas nessa altura era quase um guru, concorrente de John Peel. Por vezes passava faixas inteiras, interessantíssimas, de 20 minutos, de bandas desconhecidas. Quem seriam? Terrível expectativa. Quando, finalmente, o Kid se prestava a revelar o segredo, lá vinha a onda de ruído tapar a audição do nome do intérprete. Mas lá fui apanhando uns quantos nomes: Focus, Clarck Hutchinson, Dando Shaft, Mogul Trash, entre dezenas de outros que hoje preenchem o catálogo de reedições em compacto da Repertoire.
Claro que, entretanto, a compra de álbuns já se tornara um imperativo estético e moral (há quem lhe chame vício). Com o “pequeno” senão da mais do que frequente falta de liquidez obstar a aquisição de todos os objectos de desejo. Acabei por descobrir que saía mais barato mandar vir os discos de fora. Através de firmas exportadoras como a Tandy’s e, mais tarde, a COB. Horas e horas de angústia, com as semanas a passar devagar, até a campainha da porta tocar, por fim, de uma forma especial, e aparecer-me pela frente o carteiro segurando nas mãos o mágico embrulho de cartão. Rasgado furiosamente o pacote, seguia-se o prazer da revelação, o manuseamento da capa, terminando na audição de álbuns que muitas vezes encomendava sem nunca os ter ouvido antes, apenas por uma foto da capa ou pela leitura de uma crítica mais sugestiva no “Melody Maker”, no “New Musical Express” ou nas revistas francesas “Rock & Folk” e “Best”. Muitas vezes por simples intuição.
Anos de magia, em que parecia dispor de todo o tempo para ouvir um disco, as vezes que quisesse, até conhecer de cor as letras e as melodias. Um, dois por mês, chegavam, a princípio, para me ocupar até à encomenda seguinte. Depois, à medida que as posses iam aumentando, aumentava proporcionalmente o ritmo de compra com o consequente descalabro económico. Era o vício a ditar as suas leis.
Foram esses os anos do deslumbramento, da procura inflamada da criatividade e da diferença que determinariam a partir daí a minha forma de ouvir música.
A aventura continuou por outras descobertas e latitudes. Do “krautrock” (Tangerine Dream, Harmonia, Cluster, Kraftwerk, Neu!, Yatha Sidhra, Release Music Orchestra, Parzival, Klaus Schulze, Eroc, Wallenstein, as edições originais encontravam-se com facilidade...), dos tesouros de Canterbury (Soft Machine, Hatfield and the North, Caravan, Khan, Gong, Gilgamesh, National Health, Kevin Ayers,...) das pérolas da Virgin (David Vorhaus, Comus, Henry Cow, Faust...). E ouvia os programas de rádio do António Sérgio. Até ao ano da grande desilusão: 1976. Confesso: odiei o “punk” desde o primeiro momento. Curiosamente, foi o mesmo António Sérgio o primeiro a divulgar a praga em Portugal. Ouvia e amaldiçoava os Sex Pistols, Sham 69, X-Ray Spex, 999, The Damned (apesar de Lol Coxhill tocar num dos seus discos...). A salvação chegou dos Estados Unidos, com os Suicide, Devo, Talking Heads, Pere Ubu. A Inglaterra contribuiu com os Cabaret Voltaire e os Human League, de “Reproduction”, “Travelogue” e do EP “The Dignity of Labour”.
O passo seguinte foi o mergulho insano nos “industriais” (o que prejudicou grandemente a minha saúde mental). O lema era Einstuerzende Neubauten, Test Department e SPK; bidões, Black & Decker e martelos pneumáticos. Mas antes o fogo e metal das fábricas do apocalipse que o pontapé na avó da punkalhada.
Com a chegada dos anos 80, após um flirt com a Made to Measure (Hector Zazou, Daniel Schell, Benjamin Lew & Steven Brown) transferi-me com armas e bagagem para o universo da Recommended Records, onde o espírito do Progressivo adquirira novas formas de beleza e esquizofrenia criativa: Roberto Musci & Giovanni Venosta, Doctor Nerve, Jocelyn Robert, Biota, Steve Moore, Wha Ha Ha, Boris Kovac, Non Credo, Wondeur Brass... Alguém se deve lembrar de uma certa lista dos melhores álbuns dos anos 80 que apareceu publicada, em duas semanas consecutivas, no jornal “Blitz”... Quando, por fim, já nos anos 90, comecei a escrever sobre música, a razão deu início à sua actividade de médico legista. Mas as autópsias não conseguiram arrefecer a paixão. Foram milhares e milhares de sons sulcados pela agulha do gira-discos e pelo laser do CD que sulcaram igualmente a minha alma.
Discos da minha vida, há vários. Contudo, apenas um me fez chorar, quando o ouvi pela primeira vez: “Pawn Hearts”, dos Van der Graaf Generator, onde percebi que a santidade e a loucura podiam ser uma e a mesma coisa e coexistir num homem só. Fui conferindo a minha própria loucura pelos poemas e pela música de Peter Hammill. Estremeci com “In Camera”, que me fez compreender onde termina uma canção e começa o inferno.
É verdade, e a folk? Essa é outra história. Uma história de amor sem o reverso da medalha. Encetou-se em 1969 quando uma amiga me ofereceu “Liege & Lief” dos Fairport Convention. A partir daí fluiu como um rio com o caudal cada vez mais forte. Até hoje.
Termino com uma lista (não há quem lhes resista) de dez discos cujas primeiras audições, no mínimo, me fizeram acreditar que a música popular pode ser algo mais do que uma maquinação da indústria. Discos que me fizeram sentir o mesmo frémito da “primeira vez”:
“Ummagumma” (o disco de estúdio) (Pink Floyd, 69)
“Acquiring the Taste” (Gentle Giant, 70)
“Magma” (Magma, 70)
“Faust” (Faust, 71)
“Ege Bamyasi” (Can,72)
“The Henry Cow Leg End” (Henry Cow, 73)
“Rock Bottom” (Robert Wyatt, 74)
“Autobahn” (Kraftwerk, 74)
“Suicide” (Suicide, 77)
“Low” (David Bowie, 77)
“Berlin” (Art Zoyd, 87)
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