Sons
26 de Fevereiro 1999
DISCOS – POP ROCK
Holosud
Fijnewas Afpompen (8)
a-Musik, distri. Matéria Prima/Ananana
“Fijnewas” e “Afpompen” são duas palavras engraçadas. Consultando o dicionário de alemão, encontramos como significados, respectivamente, “fiz chichi nas caças” e “com pompa e circunstância”. Felizmente, o álbum inclui títulos de decifração bastante mais fácil como “La backbrettspielerin brummtschi” (em português, “rio”) ou “Chön chaaf gechnitten” (em português xonchaveguechenite, o nome de um mineral). Já em relação à origem e natureza dos Holosud, é possível encontrar dados mais concretos. Trata-se de uma aglutinação de dois dos grupos de música electrónica alemães mais interessantes da actualidade, os Schlampeitziger (autores de uma das surpresas alternativas do ano transacto, “Spacerokkmountainrutschquartier”) e dos mais gélidos e computorizados FX Randomiz, autores do também interessante “Goflex”. Aos primeiros sons de “Fijnewas Afpompen”, somos assaltados por uma vaga de sintetizadores analógicos (neste caso, suspeitamos que filtrados por tecnologia digital) que nos lançam de imediato, uma vez mais, para os braços dos Cluster e do seu seminal álbum “Zuckerzeit”, de 1974, uma das bíblias inspiradoras de Brian Eno e, cada vez mais, manual de consulta obrigatória para a facção electrónica do pós-rock. São os mesmos ritmos e programações de carrossel, possuidores de um sentido lúdico quase infantil, características que fazem daquele álbum da dupla Moebius/Roedelius um objecto único e que aqui reaparecem em forma de recriação sofisticada. Mais próximo da variedade de registos dos Schlampeitziger do que da placa de algoritmos dos FX Randomiz, o som dos Holosud volta a apertar os parafusos que prendem as aventuras dos novos cósmico/industriais alemães às experiências pioneiras dos seus antepassados.
26 de Fevereiro 1999
DISCOS – POP ROCK
Holosud
Fijnewas Afpompen (8)
a-Musik, distri. Matéria Prima/Ananana
“Fijnewas” e “Afpompen” são duas palavras engraçadas. Consultando o dicionário de alemão, encontramos como significados, respectivamente, “fiz chichi nas caças” e “com pompa e circunstância”. Felizmente, o álbum inclui títulos de decifração bastante mais fácil como “La backbrettspielerin brummtschi” (em português, “rio”) ou “Chön chaaf gechnitten” (em português xonchaveguechenite, o nome de um mineral). Já em relação à origem e natureza dos Holosud, é possível encontrar dados mais concretos. Trata-se de uma aglutinação de dois dos grupos de música electrónica alemães mais interessantes da actualidade, os Schlampeitziger (autores de uma das surpresas alternativas do ano transacto, “Spacerokkmountainrutschquartier”) e dos mais gélidos e computorizados FX Randomiz, autores do também interessante “Goflex”. Aos primeiros sons de “Fijnewas Afpompen”, somos assaltados por uma vaga de sintetizadores analógicos (neste caso, suspeitamos que filtrados por tecnologia digital) que nos lançam de imediato, uma vez mais, para os braços dos Cluster e do seu seminal álbum “Zuckerzeit”, de 1974, uma das bíblias inspiradoras de Brian Eno e, cada vez mais, manual de consulta obrigatória para a facção electrónica do pós-rock. São os mesmos ritmos e programações de carrossel, possuidores de um sentido lúdico quase infantil, características que fazem daquele álbum da dupla Moebius/Roedelius um objecto único e que aqui reaparecem em forma de recriação sofisticada. Mais próximo da variedade de registos dos Schlampeitziger do que da placa de algoritmos dos FX Randomiz, o som dos Holosud volta a apertar os parafusos que prendem as aventuras dos novos cósmico/industriais alemães às experiências pioneiras dos seus antepassados.
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