POP
ROCK
26
Março 1997
world
Tam ‘Echo’ Tam
A Capella
JARO, DISTRI. MEGAMÚSICA
As
Zap Mama já estão noutra, vão pela estada do “hip hop”, em direção ao arco do
triunfo. Entram em cena as Tam ‘Echo’ Tam, um quarteto multinacional e
multirracial formado por dois homens, Larbi Alami e Daniel Vincke, e duas
mulheres, Aline Bosuma e Valérie Lecot, numa mistura belgo-zairense que retoma
os caminhos que as Zap abriram no primeiro álbum e em “Sabsylma”. São as
combinações lúdicas “a capella”, com as vozes a fazerem a vez de instrumentos
de ritmo, segundo a mesma fórmula de polifonias sinuosas, aqui compostas na
totalidade pelo grupo, onde se cruzam temas que sugerem tradições várias com
experiências (muito semelhantes ou quase decalcadas das do grupo de Marie Daulne,
como em “Sophie s’envole”) que apenas buscam o prazer do jogo vocal. Mais “jazzy” (“La fuite de jazz”, “What does it mean?”) e, em termos de
forma, menos rebuscados do que as Zap, os Tam prestam igualmente atenção ao
trabalho desenvolvido pelos Manhattan Transfer ou por Bobby McFerrin. Num
terreno fértil da “world music”, onde começa a chegar, talvez em número
excessivo, uma quantidade de curiosos em praticar as delícias da polifonia, os
Tam ‘Echo’ Tam têm a seu favor o “swing” e a inegável facilidade com que
assimilaram as regras impostas pelas Zap Mama e contra, obviamente, a falta,
para já, de uma voz (ou vozes...) própria. (7)
Sem comentários:
Enviar um comentário