17/05/2015

Caminho longe [Sons da Lusofonia]



1 de Junho 1998

Orquestra Sons da Lusofonia atua hoje e amanhã no S. Luiz



Caminho longe

"Nos últimos três anos cerca de duas dezenas de músicos dos sete países lusófonos têm-se reunido regularmente para fazer música. Aos sons resultantes desses encontros chamámos, por não encontrar melhor nome para aquilo que fazemos, Sons da Lusofonia". É uma justificação modesta de Carlos Martins para a pluralidade de músicas que se encontram e polinizam no seu projecto Sons da Lusofonia. Uma orquestra que poderia ser de jazz se não dançasse tanto em torno dos hemisférios do mundo, um grupo que poderia ser de "world music" se não retivesse tanto as prédicas e os silogismos de estilo da grande música negra. Assim como é, cabem nestes sons grandes e polidas auto-estradas urbanas e veredas perdidas entre rios e florestas tropicais, que Carlos Martins soube organizar num prolífico sistema de vasos comunicantes.
Sons da Lusofonia é um "Caminho Longe" - genérico do espectáculo -, que ata e desata as raízes e a historia do jazz, a música ligeira, a poesia declamada e o folclore dos países lusófonos africanos, do Brasil e do Oriente. Estimula-se "a investigação no campo da etnomusicologia, a experimentação musical e a prática de uma itinerância que amplie a cooperação artística entre os países lusófonos". Por outras palavras, promove-se o diálogo. Colorindo-o com muitas cores.
"Caminho Longe" está estruturado em sete módulos musicais e coreográficos distintos. Uma viagem. Entre rituais étnicos, delírios "free" de "big band", versos que desenham lugares e a imaginação desses lugares, e canções pop. Não se procurem grandes feitos ao nível da coreografia.
Participam nos dois espectáculos, entre elementos fixos da banda e convidados, Alcides Gonçalves, Alexandre Frazão, Alexandre Dinis, Artur Fernandes, Beto Monteiro, Dalu, Dany Silva, Edu Miranda, Filipa Pais, Filipe Larsen, Guto Pires, Loni Seiva, Mário Delgado, Mário Reis, Miguel Gonçalves e Rui Gonçalves. Ainda a participação especial de Ângelo Torres, o coro Cramol, Filipe Mukenga, Marlene Freitas, Tony Tavares, Rui Veloso e Rui Júnior.
Vai ser tudo gravado em áudio e vídeo para posterior edição de um CD, um vídeoclip e um documentário para a televisão.

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