Fernando Magalhães
01.02.2002
180613
Razões: [Para não ter gostado do concerto dos Gybe!]
1 - Os bybe são músicos cultos mas primários. Para além dos aspetos formais da música (ouvido um tema, estavam ouvidos todos, o leque de notas utilizado foi escasso...) que até nem serão os mais importantes (as cordas saíram amiúde de tom, enfim...) não basta carregar no volume e na ênfase na massa sonora para criar densidade emocional.
O Rui Catalão definiu bem o que se passou. Dizia ele que era música "vai acima, vai abaixo"
2 - As citações a Glenn Branca, Savage Republic, Velvet Undergound, Magma, King Crimson, até um decalque da introdução eletrónica de "Baba O'Riley", dos The Who (que é aliás, uma referência velada a Terry Riley...) tornaram o concerto num imenso e, pior que isso, previsível "pastische".
E que ninguém que tenha gostado volte a dizer mal do Rock Progressivo, pois houve partes em que aquilo era positivamente Rock sinfónico, com fraseados melódicos pindéricos no topo
3 - Os bybe impressionaram pelo artifício. Não houve profundidade naquilo que fizeram (ainda Rui Catalão, dixit: "Não consigo descortinar aqui um mínimo de verdadeira boa música que seja!"). Imagino que - e isto acontece em todos os concertos - houvesse uma espécie de condicionamento emocional prévio do público presente. Às vezes convém adotar uma posição mais objetiva. Claro que o prazer que a maior parte das pessoas retirou da música é um facto. Mas...para mim isso não é garantia de qualidade. Lamento, mas é assim que penso. Já ouvi música infinitamente melhor, com seis ou sete pessoas na sala. Serei elitista? Se ser elitista é não fazer concessões - sou elitista!
Dito isto, até foi agradável como música de fundo.
Gostaria que quem põe os bybe nos píncaros tivesse disponibilidade para ouvir uns UNIVERS ZERO, por exemplo, ou uns PRESENT, e imaginar como soará esta música ao vivo...
É a diferença entre os mestres e aprendizes esforçados.
FM
1 - Os bybe são músicos cultos mas primários. Para além dos aspetos formais da música (ouvido um tema, estavam ouvidos todos, o leque de notas utilizado foi escasso...) que até nem serão os mais importantes (as cordas saíram amiúde de tom, enfim...) não basta carregar no volume e na ênfase na massa sonora para criar densidade emocional.
O Rui Catalão definiu bem o que se passou. Dizia ele que era música "vai acima, vai abaixo"
2 - As citações a Glenn Branca, Savage Republic, Velvet Undergound, Magma, King Crimson, até um decalque da introdução eletrónica de "Baba O'Riley", dos The Who (que é aliás, uma referência velada a Terry Riley...) tornaram o concerto num imenso e, pior que isso, previsível "pastische".
E que ninguém que tenha gostado volte a dizer mal do Rock Progressivo, pois houve partes em que aquilo era positivamente Rock sinfónico, com fraseados melódicos pindéricos no topo
3 - Os bybe impressionaram pelo artifício. Não houve profundidade naquilo que fizeram (ainda Rui Catalão, dixit: "Não consigo descortinar aqui um mínimo de verdadeira boa música que seja!"). Imagino que - e isto acontece em todos os concertos - houvesse uma espécie de condicionamento emocional prévio do público presente. Às vezes convém adotar uma posição mais objetiva. Claro que o prazer que a maior parte das pessoas retirou da música é um facto. Mas...para mim isso não é garantia de qualidade. Lamento, mas é assim que penso. Já ouvi música infinitamente melhor, com seis ou sete pessoas na sala. Serei elitista? Se ser elitista é não fazer concessões - sou elitista!
Dito isto, até foi agradável como música de fundo.
Gostaria que quem põe os bybe nos píncaros tivesse disponibilidade para ouvir uns UNIVERS ZERO, por exemplo, ou uns PRESENT, e imaginar como soará esta música ao vivo...
É a diferença entre os mestres e aprendizes esforçados.
FM
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