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21|SETEMBRO|2001
escolhas|discos
FORT LAUDERDALE
Time is of the Essence
Memphis Industries, distri. Symbiose
8|10
Para
definir a música dos Fort Lauderdale é necessário tirar da cartola coelhos como
os Residents, Richard Clayderman, Air, Stereolab, Dakota Oak, Telex, Gavin
Bryars, Angelo Badalamenti, Olivia Tremor Control, The Enid, Roger Eno, Faust,
a BSO do “2001” de Kubrick, as “good vibrations” dos Beach Boys, lounge
espectral, psicadelismo (ou “schizadelia”…) e uma orquestra de casino
galáctica. Como é que o duo inglês conseguiu conferir unidade a este emaranhado
de citações, eis o grande segredo e sedução de “Time is of the Essence”. Ao
contrário dos Stereolab, que em “Sound Dust” optaram pelo caminho da
cristalização e do polimento, como forma de atingir o nirvana, os Fort
Lauderdale seguiram o percurso mais difícil da conjunção cósmica de sinais
contraditórios recolhidos da grande memória coletiva. “Fixing spaceships” e
“Time is of the Essence” são, para já, respetivamente, uma das grandes canções
e a maior das revelações do ano em curso.
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