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21|SETEMBRO|2001
discos|escolhas
TORI AMOS
Strange Little Girls
Atlantic, distri. Warner Music
7|10
O
título é o de uma canção de 1982 dos Stranglers, tidos como uma das bandas mais
machistas do planeta. É uma das canções-chave do novo álbum de Tori Amos,
reflexão sobre “como os homens dizem as coisas e a forma como as mulheres o
entendem”. Doze versões de “canções que ferem e canções que curam”, escritas
por homens, sobre as mulheres, que Tori Amos reinterpreta na perspetiva de
outras tantas personagens retratadas na capa. O que poderia passar por uma
concessão a uma tendência em voga é um exercício de introspeção sobre a visão
masculina que Tori Amos reformula ao nível da recontextualização dos poemas e
da arquitetura formal, originais de Neil Young, Eminem, Depeche Mode, Slayer,
Lou Reed, Lennon/McCartney, Bob Geldof e Joe Jackson. Litania do feminino
refletida num espelho difícil de encarar à luz das convenções.
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