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19|JANEIRO|2001
escolhas|discos
GROENLAND ORCHESTER
Trigger Happiness
Staubgold, import. Lojas Valentim de Carvalho
8|10
Dois
álbuns com a marca de Reznicek, personagem fulcral da imensa longa-metragem
eletrónica que tem varrido o espectro das novas músicas nos últimos anos. Com a
Groenland Orchester (Reznicek e Jyrgen Hall) predominam a vertente lúdica, as
programações de estrutura assente no groove mais ou menos simétrico, o jogo
onde a sensualidade dos timbres não se esgota nas aparências ou na
acessibilidade dos programas, antes funciona como motor de uma criatividade
requisitada a cada momento. Para os colecionadores das tropelias de Messer für
Frau Muller, Tele:Funken ou Schlammpeitziger, esta Groenland Orchester pode
funcionar de facto como interruptor da felicidade. “Stube” (mesma editora e
importador, 8/10), de Reznicek a solo, de 1996, desenvolve-se segundo
parâmetros absolutamente distintos. Aqui a vertente conceptual agudiza-se, com
a construção de espaços eletrónicos tridimensionais (dispensam-se os
“instrumentos” e os samplers…) a processar-se de forma quase subliminar.
Sombras acústicas, paredes-ecrãs, buracos abrindo-se para o abismo, duplos, refrações
sonoras de efeitos surpreendentes. Só para exploradores.
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