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15|MARÇO|2002
roteiro|discos
JOHN MAYALL
The Turning Point
Polydor, distri. Universal
8|10
Se “John Mayall
& The Bluesbreakers” é considerado o modelo seminal que permitiu a
implantação do “blues” britânico, é nos posteriores “Bare Wires” e “Blues from
Laurel Canyon” que o guitarrista, “harmonica player” e cantor John Mayall opera
a fusão perfeita do blues com o rock, ao criar o chamado “progressive blues”.
Aureolado de “revolucionário”, encetou nova mudança em “The Turning Point”,
gravado ao vivo em Julho de 1969, no Fillmore East, em Nova Iorque, e que agora
ressurge em edição remasterizada, num registo que prosseguiria nos posteriores
“USA Union” e “Memories”. A eletricidade e a bateria foram dispensadas para dar
lugar a um “blues” acústico feito de nuances e uma delicadeza extremas, de
diálogos intimistas, de um swing e uma sensualidade, enfim, aos quais não são
alheios os desempenhos de Johnny Almond, no saxofone e flauta, e Jon Mark, na
guitarra acústica, a dupla Mark-Almond, ela própria responsável, nos álbuns
“Mark-Almond” e “Rising”, por algumas das incursões bluesy mais doces da música
inglesa dos anos 70. Mas é Mayall que marca aqui, definitivamente, o ponto de
viragem.
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