14/08/2015

Melhores 2001 pop, folk, portugueses




"Melhores 2001 pop, folk, portugueses" (Fernando Magalhães)

Fernando Magalhães
04.01.2002 160422

POP

01-MESTRE AMBRÓSIO: Terceiro Samba
02-DAT POLITICS: Sous Hit
03-TO ROCOCO ROT & I-SOUND: Music is a Hungry Ghost
04-RECHENZENTRUM: The John Peel Session
05-STEVE FISK: 999 Levels of Undo
06-DAVID THOMAS: Surf’s up
07-RESIDENTS (THE): Icky Flix
08-PANSONIC: Aaltopirii
09-BUND DEUTSCHER PROGRAMMIERER: Stoffwechsel
10-VERT: Nine Types of Ambiguity
11-KLANKRIEG: Radionik
12-OCSID: Opening Sweep
13-EINSTURZENDE NEUBAUTEN: Berlin Babylon
14-SERGEJ AUTO: Achtung Auto
15-FORT LAUDERDALE: Time is of the Essence
16-HOWIE GELB: Hisser
17-ILPO VÄISÄNEN: Asuma
18-BLECTUM FROM BLECHDOM; The Messy Jesse Fiesta
19-TORTOISE: Standards
20-STEREOLAB: Sound-Dust
21-FENNESZ: Enldless Summer
22-STEPHAN MICUS: Desert Poems
23-PETER HAMMILL: What, now?
24-MOUSE ON MARS: Idiology
25-TRANSCHAMPS: Double Exposure
26-LABRADFORD: Fixed:Context
27-ZION TRAIN: Secrets of the Animal Kingdom in Dub
28-KRISTIN HERSH: Sunny Border Blue
29-ANJA GARBAREK : Smiling & Waving
30-TARWATER: Not the Wheel
31-RADIOHEAD: Amnesiac
32-PROTEIN: Süss
33-MATMOS: A Chance to Cut is a Chance to Cure
34-DAKOTA OAK: Am Deister
35-MESSERCHUPS: Miss Libido 2000
36-PUB: Do you ever Regret Pantomime?
37-GROENLAND ORCHESTER: Nurobic
38-AIR: 10000 Hz Legend
39-PLAID: Double Figure
40-PHANTOM SLASHER: Phantom Slasher

PORTUGUESES

01-JORGE PALMA: Jorge Palma
02-KUBIK: Oblique Musique
03-ZZZZZZZZZZZZZZZZZP!: FB56
04-MOLA DUDLE: Mobília
05-MAFALDA ARNAUTH: Esta Voz que me Atravessa
06-SATURNIA: The Glitter Odd
07-FICÇÕES: Ocidental Praia

FOLK

01-BRASS MONKEY: Going & Staying
02-NORMA WATERSON: Bright Shiny Morning
03-STEVE ASHLEY: Everyday Lives
04-GHYMES: Rege (disco de 1999...)
05-DD SYNTHESIS: Swinging Macedonia
06-TRI YANN: Le Pelegrin
07-MIKVEH: Mikveh
08-MARTIN SIMPSON: The Bramble Briar
09-ARDENTIA: Ardentia
10-MOHAMAD REZA SHAJARIAN & KAYAN KALHOR: Night Silence Desert
11-KORNOG: Kornog
12-MANUEL LUNA: Romper El Baile
13-MERCEDES PÉON: Isué
14-RÉGIS GIZAVO: Samy Olombelo
15-MAKÁM & IRÉN LÓVASZ: Kolinda
16-BUSTAN ABRAHAM: Fanar
17-CRAOBH RUA: If Ida been here, Ida been there
18-KEPA JUNKERA: Máren
19-COLIN REID: Tilt
20-ARNAUD MAISONNEUVE: War Vord ar Mor

NOTA: Ainda não ouvi o "Rosa Mundi", da JUNE TABOR. Provavelmente entraria (entrará?) na lista dos melhores-

NOTA 2: Alguns dos discos nomeados nas três listas foram editados antes de 2001. Usei como critério o facto de as audições (ou respectivas edições nacionais) terem acontecido em 2001.

NOTA 3: O "Sitar" indiano não tem tradução. Nada a ver com a cítara. O que acontece, aliás, com a maioria dos instrumentos tradicionais característicos de determinadas regiões. Há centenas deles, com nomes estranhíssimos. Traduzi-los para português não faz muito sentido, até porque muitos deles não existem fora dessas regiões.

NOTA 4: Estive esta semana em férias (ainda estou!). Regresso em força na 2ª-feira.

Saudações

FM


César Laia
04.01.2002 160432

Bela lista, Fernando :)

Mas não resisto a alguns comentários gerais :D

Pelo que escreveste ao longo do ano, não contava com Tortoise no Top 20, e contava com Matmos no Top 10. Houve para aí mudanças de opinião, não?

Ainda não ouvi Mestre Ambrósio! :(

Mas ouvi Mercedes Peon, e fiquei bastante desapontado...

O disco da June Tabor era capaz de entrar o meu Top 30, se tivesse ouvido mais cedo. Numa lista folk, terá o seu lugar assegurado :)

Li a tua critica ao "Berlim Babilon" e escusado será dizer que logo que posso, compro! :)

Bom resto de férias! :)

César


Fernando Magalhães
04.01.2002 160446

Convém esclarecer que houve uma série de discos que, na altura critiquei com nota "8" (caso dos Matmos) e que, na presente lista, foram "ultrapassados" por outros que, na altura, tiveram nota "7" (caso dos Tortoise).
Tal disparidade deve-se, essencialmente, a posteriores audições que alteraram, para cima ou para baixo, as respectivas classificações. Mas são poucos os casos em que isso aconteceu e, de resto, entre um "7" e um "8", por vezes a diferença de "qualidade real" é mínima...

O disco da Mercedes Péon vale pela força e originalidade com que apresenta a folk da Galiza (o oposto dos ultratradicionais ARDENTIA...).

JUNE TABOR: GRRRRRRRRRRR...estou à espera que o disco me chegue da distribuidora (à borla, claro...) e os tipos ainda não o têm! Devia mas era tê-lo comprado na FNAC quando o vi lá, já para aí há uns 10 dias! Só que agora, depois do Natal, os $$$$$$, percebes... :)

FM


mp
04.01.2002 170557

"Esta Coisa da Alma" é o álbum anterior do Camané e o "Lupa" é de 2000.

Os Zês e os Pês não estão ao contrário :)


Fernando Magalhães
04.01.2002 180640
Ops. Tens toda a razão!

Quanto ao álbum da Mafalda Arnauth, trata-se, como é óbvio, de "Esta Voz que me Atravessa"!

E o Godinho, vou ter então que tirar...

FM


Mário Z.
04.01.2002 170501

Nas disparidades anotei sobretudo duas: a grande descida dos por ti muito celebrados Phantom Slasher; a colocação de Vert em 10º lugar... Gostei desta última, porque é um disco com muito para descobrir, em sucessivas audições, e porque tenho a impressão (estarei certo?) de que a maioria dos foruenses não terá ouvido o disco...


Saudações

Mário


Fernando Magalhães
04.01.2002 180648

O álbum dos (do...) VERT é, de facto, um álbum para ir assimilando e descobrir aos poucos, o mesmo acontecendo, de resto, com o dos BUND DEUTSCH PROGRAMMIERER.

Quanto a Phantom Slasher, acontece precisamente o contrário. É um daqueles discos despretensiosos cujo prazer de audição tem muito a ver com o momento e a disposição do auditor.

Não me choca nada ouvir a June Tabor cantar em alemão e francês. :) A SHIRLEY COLLINS, por ex., tem temas cantados em francês que são uma delícia.

saudações (às listas):)

FM

Andrei Samsonov




"Andrei Samsonov" (Fernando Magalhães)

Fernando Magalhães
26.12.2001 150324

Então esse natal? :)

Eu, entre uma garfada de perú e mais um pedido de esclarecimento do meu filho sobre o FIFA 2002, ainda arranjei tempo para a descoberta de um fenomenal álbum de electrónica, obtido via "o vendedor":

"Void in", do russo ANDREI SAMSONOV. Álbum, se não estou em erro, de 1999, gravado na série "Parallel" da Mute.

Arquitecturas complexas. Grutas e palácios. Analog e digital em harmonia. Vozes estranhas ecoando nas entranhas de vulcões sónicos. Ciclos, loops, orquestras, murmúrios, grandes pesos, voos etéreos de uma música com óbvios parentescos com a electrónica contemporãnea da INA.GRM. Um grande álbum em que o prazer da manipulação do som (os timbres, contrastes e domínio do tempo são fabulosos) corresponde a uma experiência auditiva sem paralelo (experimentem ouvir, como eu fiz, através das colunas e dos auscultadores - regulados com o volume baixo, de maneira a captar apenas certas frequências mais agudas — em simultâneo!).

FM

Ainda O Senhor dos Anéis




"Ainda O Senhor dos Anéis" (Fernando Magalhães)

Fernando Magalhães
26.12.2001 150350

Já vi o filme três vezes (sessão para a imprensa, ante-estreia e sessão com a família):

Não é, concordo, um grande filme, longe disso. Valerá, na minha opinião, um 7/10.
Agora, estão de facto espantosos os cenários e as personagens. Como fanático da trilogia (que li, até á data, duas vezes) achei impressionante a forma como o Peter Jackson consegiui transpor para o filme as paisagens, locais e personagens do livro. Moria, Rivendell, Lothlórien, a fabulosa composição dramática de Ian McKellen/Gandalf, parecem ter saído directamente da imagiação do leitor (pelo menos, da minha...) para o ecrã.
A partir de agora, sempre que voltarmos a ler "Lord of the Rings", é provável que Frodo, Gimli, Legolas, Sam Gamgee, etc, passem a aparecer na nossa cabeça com os rosto do filme.

Agora, o que filme não tem, nem poderia ter, é toda a fabulosa riqueza de pormenores do livro, já para não falar no próprio e inconfundível estilo literário de Tolkien (o humor, a ironia, a ternura...).
O episódio de Tom Bombadil foi obliterado (percebe-se porquê. Não tem propriamente acção, sendo antes uma das muitas efabulações filosóficas que estão espalhadas por "LOR") mas a perda maior do livro para o filme, será a inexistência (no filme) da dimensão "tempo", da "distãncia".

"LOR" tem um tempo (ou tempos...) próprio. A narrativa não é nunca linear. Depois, há as narrativas secundárias, que tanto podem ser a descrição de uma típica refeição hobbitiana, como uma anedota ou um cântico élfico. Mundos dentro de mundos.

E o segredo maior da escrita de Tolkien: A forma como consegue transmitir com uma intensidade quase sobrenatural, os sentimentos humanos (e não só...). Um épico, no sentido mais nobre do termo.

Peter Jackson, esse, fez o que pôde, e até não se saiu nada mal da tarefa...

saudações

FM

E.NEUBATEN 'Babylon Berlin'




"E.NEUBATEN 'Babylon Berlin'" (Fernando Magalhães)

Fernando Magalhães
20.12.2001 160410

"Babylon Berlin", nova BSO assinada pelos Einstürzende Neubauten é um digno sucessor de "Silence is Sexy". Ao contrário do que acontece com grande parte das bandas sonoras, a música de "Babylon Berlin" é auto-suficiente. Electrónica, batidas de metal, e uma grande canção a fechar o disco. Por vezes, os ambientes lembram os de "Halber Mensch".

FM

Barry 7's Connectors




"Barry 7's Connectors" (Fernando Magalhães)

Fernando Magalhães
17.12.2001 150341

Barry 7's Connectors
Barry 7, dos Add N to (x), acabou de editar um CD muito curioso, "Barry 7's Connectors": uma selecção, da sua responsabilidade, de 21 temas raros extraídos de arquivos de várias proveniências (três, não me recordo agora quais), dos anos 60 e 70. "Incidental music", portanto, montada numa sequência interessantíssima que mistura easy listening futurista (Moogs e theremins a dar com um pau...), lounge atípico, música de filmes, pastisches de krautrock e mesmo algum experimentalismo electrónico (Raymond Scott a espreitar no horizonte...).

O disco faz parte da mesma série que recentemente teve em LUKE VIBERT idênticas funções, de seleccionador de material de arquivo.
 
FM