Y 14|JUNHO|2002
discos|roteiro
BIOSPHERE
Shenzhou
Touch,
distri. Matéria Prima
8|10
Na capa: as águas calmas e escuras de um lago profundo sobre
as quais se reflecte o azul do céu no crepúsculo. As ondulações da água são
mínimas, quase subliminares. É assim a música de “Shenzhou”, o mais recente
trabalho do norueguês Geir Jenssen, o inventor do “chill out” que aos poucos
construiu o seu castelo no alto de um icebergue que chega às estrelas. “Shenzhou”
é música sedativa no bom sentido. Faz adormecer e sonhar. Com lugares distantes,
amplos e desérticos. Do anterior “Cirque” para a presente meditação zen, as
batidas desceram o centro de gravidade, pulsando num espectro de ondas de baixa
frequência delta que atiram o cérebro para estados profundos de relaxamento. A
partir daí, é só escolher o roteiro de viagem. O efeito geral é semelhante ao
de um álbum que, de forma quase secreta, fez escola na “chill out” de contornos
mais esotéricos – “Pop”, dos Gas. Só que, ao contrário desta, a música de Geir
Jenssen é atravessada por uma imensa paz.
Sem comentários:
Enviar um comentário