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14|JUNHO|2002
roteiro|discos
NINA
NASTASIA
The Blackened Air
Touch and
Go, distri. Sabotage
6|10
Descoberta por Steve Albini, que é também o produtor do
álbum, “The Blackened Air” confirma a chegada de Nina Nastasia ao grupo das
“singersongwriters” discípulas de Leonhard Cohen e, por interposta pessoa, de
Suzanne Vega. Pelo lado da originalidade não há muito para descobrir nesta
natural de Chelsea que já havia gravado antes um primeiro disco, intitulado
“Dogs”. A voz e as entoações não conseguem desfazer a imagem de excessiva
vizinhança com as na nova-iorquina. Passando por cima de letras que traçam o
habitual álbum de retratos autobiográficos da “artista sofredora que palmilha
as ruas existenciais da América em busca do amor mas só encontra miséria, injustiça
e desilusão”, é no tom melancolicamente folk e “cheap classical” dos arranjos
de cordas que “The Blackened Air” consegue arejar a excessiva colagem, não só a
Vega (“All for you” é quase uma cópia escandalosa…) como a Aimee Mann (idem, em
relação a “So little”…). A jovem Nastasia não conseguiu, por enquanto, “matar”
as mestres.
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