25/04/2009

Beggars Opera - Waters Of Change

Sons

18 de Julho 1997
Reedições

Beggars Opera
Waters of Change (8)
Repertoire, import. Torpedo


Editado pela primeira vez em 1971, com capa de abrir, na mítica série do rótulo em espiral da Vertigo, “Waters of Change” é o segundo álbum desta banda escocesa, que chegou a actuar em Portugal, no cinema Monumental, num dos primeiros concertos rock realizados no nosso país. O primeiro, “Act One”, também com selo Vertigo, apresentava versões “progressivas” de temas clássicos, numa linha idêntica à de grupos como os The Nice, Emerson, Lake & Palmer, Ekseption e os primeiros Egg. Esta opçãp viria, porém, a ser substituída por um som mais original, embora ainda receptivo aos tiques então conotados com o progressivo (vocalizações teatrais, virtuosismo “sinfónico” dos teclados, longas derivações em torno de uma única frase musical, invenção temática o m ais distante possível da realidade do dia-a-dia).
Mas os Beggars Opera, cujo apogeu criativo cessaria após este áçbum, tinham a enorme vantagem de terem no vocalista Martin Griffith e no guitarrista Ricky Gardiner dois bons e versáteis compositores, cujos talentos se estendiam desde o tom vagamente medieval de “Lament” e a fuga classizante de “Silver peacock” (entre os Amazing Blondel e os ELP), ao épico genesiano “The fox”, passando por melodias directas e memoráveis como ”Time Machine” e “Festival”, ou ainda derivando para o ambientalismo misterioso de “Nimbus”, marcado pelo “mellotron” de Virginia Scott. “The times they are a-changin...” cantava Dylan. Os Beggars Opera mudaram cedo demais, deixando pelo caminho um dos álbuns mais sugestivos da Vertigo.

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