02/09/2014

Os Mutantes - Mutantes



Y 22|DEZEMBRO|2000
escolhas|discos

MUTANTES
Mutantes
Omplatten, import. Lojas Valentim de Carvalho
9|10

Lucy no céu com as estrelas era brasileira e chamava-se Rita Lee. E o psicadelismo era um arco-íris tropical a brilhar no coração brasileiro dos Mutantes. Em 1968, “Mutantes”, segundo álbum desta banda única na MPB, confirmava tudo o que o álbum de estreia prometera. Nas cabeças de Rita Lee e dos irmãos Arnaldo, Sérgio e Cláudio Baptista fervilhava uma imaginação e um humor sem limites, transposta para canções onde a originalidade das ideias – um caleidoscópio de folk sertanejo, classicismo, eletrónica e ilusionismo pop – apenas tinha paralelo na revolucionária utilização do estúdio como instrumento musical. O mundo dos Mutantes era isso mesmo: a mutação mental, o sonhar acordado em forma de canção, a alucinação fixada para a eternidade na fita que desacelera em “Dia 36”, até ficar “em branco o seu pensar” e “toda uma vida embaciando o seu olhar”.

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