Sons
30 de Abril 1999
DISCOS – POP ROCK
John McEntire
Music from the Motion Picture “Reach the Rock” (7)
Hefty, import. Ananana
Stephen Prina
Push Comes to Love (7)
Drag City, distri. MVM
De Chicago chegam novos desenvolvimentos da estética pós-rock, cuja eclosão muito deve ao trabalho empreendido por John McEntire, nos Tortoise e na multiplicidade de outros projectos aos quais tem dado a sua colaboração. Neste seu primeiro álbum a solo não há grandes desvios ao léxico redigido anteriormente, assente na electrónica, segundo alguns dos moldes quer do progressivo, quer do “Krautrock” dos anos 70. Funciona bem como complemento, neste caso, de um filme realizado por William Ryan. Ao contrário do que é costume acontecer na maior parte das bandas sonoras, a música de “Reach the Rock” tem uma dinâmica própria, em parte pela ênfase dada ao ritmo (da bateria ou das programações em computador), em parte pela quantidade de temas tocados por amigos seus: Bundy K. Brown, The Sea and the Cake, Polvo, Dianogah e os próprios Tortoise, no tema de abertura. Stephen Prina, elemento dos Red Krayola, cultiva, por seu lado, uma das derivações actualmente em voga no pós-rock “made in Chicago”, uma espécie de easy listening intelectualizado que tem na bossa-nova e na herança da escola de Canterbury as principais referências. “Push Comes To Love” soa, às vezes, como uns Caravan ou uns Hatfield and the North simplificados, mas, ao contrário do álbum homónimo de Sam Prekop, na mesma linha deste, tem a vantagem de Prina ser um vocalista multifacetado, cuja tendência para a teatralidade e para um tom semi-improvisado confere a este álbum uma profundidade que a sua aparente leveza sonora parece contradizer.
30 de Abril 1999
DISCOS – POP ROCK
John McEntire
Music from the Motion Picture “Reach the Rock” (7)
Hefty, import. Ananana
Stephen Prina
Push Comes to Love (7)
Drag City, distri. MVM
De Chicago chegam novos desenvolvimentos da estética pós-rock, cuja eclosão muito deve ao trabalho empreendido por John McEntire, nos Tortoise e na multiplicidade de outros projectos aos quais tem dado a sua colaboração. Neste seu primeiro álbum a solo não há grandes desvios ao léxico redigido anteriormente, assente na electrónica, segundo alguns dos moldes quer do progressivo, quer do “Krautrock” dos anos 70. Funciona bem como complemento, neste caso, de um filme realizado por William Ryan. Ao contrário do que é costume acontecer na maior parte das bandas sonoras, a música de “Reach the Rock” tem uma dinâmica própria, em parte pela ênfase dada ao ritmo (da bateria ou das programações em computador), em parte pela quantidade de temas tocados por amigos seus: Bundy K. Brown, The Sea and the Cake, Polvo, Dianogah e os próprios Tortoise, no tema de abertura. Stephen Prina, elemento dos Red Krayola, cultiva, por seu lado, uma das derivações actualmente em voga no pós-rock “made in Chicago”, uma espécie de easy listening intelectualizado que tem na bossa-nova e na herança da escola de Canterbury as principais referências. “Push Comes To Love” soa, às vezes, como uns Caravan ou uns Hatfield and the North simplificados, mas, ao contrário do álbum homónimo de Sam Prekop, na mesma linha deste, tem a vantagem de Prina ser um vocalista multifacetado, cuja tendência para a teatralidade e para um tom semi-improvisado confere a este álbum uma profundidade que a sua aparente leveza sonora parece contradizer.
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