POP ROCK
22 Janeiro 1997
world
22 Janeiro 1997
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Alastair McDonald
Velvet & Steel
GREENTRAX, DISTRI. MC-MUNDO DA CANÇÃO
No imaginário ocidental relativo à Escócia aparece destacada a figura do guerreiro de “kilt” e espada erguida, marchando contra o inimigo ao som de uma gaita-de-foles. É este lugar-comum e esta imagem unidireccional que o cantor Alastair McDonald procura desmistificar, numa obra épica, dividida em 15 segmentos temáticos, que passa em revista a história guerreira da Escócia, mas agora centrada nas suas manifestações menos turísticas e mais intimistas. “Sem uma afeição genuína e sentido de responsabilidade em relação ao companheirismo e ao lar, a actividade do soldado não é mais do que a mera fanfarronice do mercenário”, escreve o músico nas notas de capa. A este sentido de interiorização e de desagravo da figura do soldado escocês que percorre, em termos conceptuais, “Velvet & Steel”, não correspondem sons exaltantes, nem especialmente inovadores. A veia vocal de Alastair McDonald está, por vezes, próxima da de um Brian McNeill, no seu caso, fazendo-se sentir, ainda com maior intensidade, a ausência da “verve” instrumental dos Battlefield Band. Mas, se a versão do clássico “Haughs O’ Cromdale” não faz esquecer uma outra, “folk rock” - essa sim, exaltante –, dos Five Hand Reel (de Dick Gaughan), no já velhinho “For A’ That”, não é difícil descortinar no meio desta batalha sem vencedor nem vencido, entre declamações e a (infelizmente) parca utilização das “border pipes” de Hamish Moore, baladas de singular beleza, como “The seer” e “Culloden’s harvest”. (7)
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