05/12/2008

Philip Glass - The Secret Agent

Pop Rock

15 Janeiro 1997
pop rock

Philip Glass
The Secret Agent
ELEKTRA NONESUCH, DISTRI. POLYGRAM

Não são só óperas, também é preciso ganhar a vidinha. E Philip Glass safa-se bem. Bandas sonoras, chama-lhes um figo. Não custa nada. É só seguir a tendência do momento e esta foi definida por Michael Nyman, em “O Piano”. O ex-minimalista rendeu-se à evidência e compôs o seu próprio teclado romântico para a fita de Christopher Hampton (que, diga-se a propósito, recrutara Michael Nyman para a banda sonora de “Carrington”), sobre um romance de Joseph Conrad, com Bob Hoskins, Patricia Arquette e Gérard Depardieu a darem o corpo ao manifesto no capítulo da representação. A partitura original teve a condução do velho compincha de Glass, Michael Riesman, os instrumentos estão nas mãos da English Chamber Orchestra, incluindo quatro solistas, em harpa, violoncelo, trompa e oboé, e flauta e “piccolo”, e a direcção musical foi entregue a Harry Rabinowitz. A música aguenta-se, navegando nos primeiros temas nas memórias subtilmente subvertidas do malfadado “Piano”, compondo imagens que decerto farão o deleite sonoro de muita gente. Depois a coisa escurece, arrancando suspensões próprias de um “thriller” e movimentações ambientais, entre o clássico e o pronto-a-vestir.
Um Glass diferente? Digamos que um Glass, como sempre, pronto para satisfazer as encomendas… (5)

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