Pop Rock
29 de Março de 1995
álbuns poprock
29 de Março de 1995
álbuns poprock
Popol Vuh
City Raga
MILAN, DISTRI. BMG
Os Popol Vuh pertencem à primeira vaga do chamado “rock alemão”. Florian Fricke, desde sempre o seu mentor, foi pioneiro na utilização do sintetizador Moog, nos álbuns do grupo “Affenstunde” e “In Den Gärten Pharaos” – instrumento que, a partir daí, trocou pelo piano, para se dedicar a uma música de inspiração religiosa. Documentos importantes desta mudança são os álbuns “Hosianna Mantra” e “Das Hohelied Salomos”. Depois, Fricke e os Vuh tornaram-se compositores oficiais das bandas sonoras dos filmes de Werner Herzog. Estavam neste sossego quando Fricke resolveu que era altura de dar um abanão. “City Raga” “inventa” o que Fricke define como “Mystic House” mas o resultado é incaracterístico. Os sintetizadores regressam em velocidade “trance”, pela mão do novo elemento Guido Hieronymus, mas a aliança dos ritmos electrónicos “tecno house” com a voz samplada de Maya Rose (uma “hippie” residente no México admiradora de longa data dos Popol Vuh que finalmente viu satisfeito o seu desejo de colaborar com o grupo) insere-se numa fórmula estafada que os Popol Vuh não souberam subverter nem personalizar. As vozes de um coro infantil de Katmandu, aprisionadas numa batida “tecno” em “Running deep”, ficam como derradeiros vestígios de algo que se perdeu. (3)
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