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20|ABRIL|2001
escolhas|discos
CAT STEVENS
Numbers
Island, distri. Universal
7|10
Mais
um pacote de reedições remasterizadas da produção dos anos 70 de Cat Stevens,
antes da sua conversão ao islamismo e do ostracismo a que foi votado na
sequência da aceitação tácita da “fatwa” lançada sobre Salman Rushdie. De fora
ficaram os exemplares mais interessantes da discografia do gato: “Mona Bone
Jakon”, “Tea for the Tillerman” e “Teaser and the Firecat”. Apesar de tudo,
“Numbers” não destoa destes, fugindo ao comercialismo mainstream de “Back to
Earth”, também reeditado. É um álbum conceptual em torno de Polygor, um planeta
governado pelos números. Os seus governantes, denominados polygons, são, por
sua vez, numerados de um a nove. Acústica e introspetiva, a música descreve um
mundo de faz-de-conta sustentado por vibrafones, teclados e melodias de uma
simplicidade mágica que tem menos a ver com as efabulações hippies dos Incredible
String Band do que com as “fairytales” contadas por Donovan.
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