Y 27|FEVEREIRO|2004
roteiro|discos
DAN AR BRAZ
A Toi et Ceux
Columbia,
distri. Sony Music
5|10
Dan
Ar Braz fez pela vida. O guitarrista bretão que acompanhou Alan Stivell nos
primeiros anos deste harpista, palmilhou a estrada que conduz ao castelo das estrelas.
Hoje, como Carlos Nuñez ou os Chieftains, Braz é uma estrela que se pode
permitir estourar orçamentos gordos, convidando artistas folk e rock de
nomeada. O fundador do megaprojeto “Héritage des Celtes” enveredou a partir
desse disco pelo caminho mais fácil, tentando chegar às massas pela via do
choradinho “new age” e do postal do misticismo céltico, cozidos no caldeirão
das fusões. Em “A Toi et Ceux”, sem grandes trutas no estúdio (só Mairtin
O’Connor, no acordeão), Braz vende mais um bocadinho da alma ao diabo. “Mary’s
dancing”, cocktail ligeiro de celtismo e música africana, com arranjo
pindérico, e “Look around you” não abonam a favor. Do outro lado, “Dan’s fisel”
oferece um bom desempenho de Ronan Le Bars nas “Uillean pipes” apesar do tema,
bem como “Orgies nocturnes” (com boa bombarda e guitarra elétrica prog),
recuarem exatamente ao ponto, nos anos 70, em que Alan Stivell anunciou ao
mundo o folk rock bretão, no álbum “Chemins de Terre”. O resto, quase tudo, foi
de mais.
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