11/09/2016

Giles, Giles & Fripp - The Brondesbury Tapes

Sons
27 Dezembro 2002

GILES, GILES & FRIPP
The Brondesbury Tapes
Mister E, distri. Sabotage
8|10 

O som é de garagem, os três tipos fotografados na capa mais parecem transfugas dos Monty Python (o da esquerda não é John Cleese?) do que um grupo pop, mas “The Brondesbury Tapes” tem o melhor que a pop psicadélica pode oferecer. Giles e Giles são Mike e Peter. Fripp é Robert. Pouco tempo depois desta aventura caseira, da qual sairia o único álbum “oficial” do trio, “The Cheerful Insanity of Giles, Giles and Fripp”, os três formariam os King Crimson. Alheia às contingências da gravação artesanal num Revox F36 adquirido em segunda mão, a inspiração revela-se num ecletismo fruto ainda da “vibe de 67”. Os Floyd de Syd Barrett são influência evidente em “Hypocrite” e “Newly weeds“, “Digging my lawn” e “Erudite eyes” são sorrisos Canterbury e a folia prossegue com ensaios de guitarra clássica frippiana, jazzpop, folkrock como a dos Trader Horne e Tudor Lodge, na voz da convidada Judy Dible, esboços Crimsonianos como “Why don’t you just drop in” e “I talk to the wind” (que ressurgiria em “In the Court of the Crimson King”), tudo sob a alçada de um psicadelismo que em “Murder” roça a perfeição. Sem “auxílio farmacológico”, como os seus autores fazem questão de frisar.

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