Sons
27 Dezembro
2002
GILES,
GILES & FRIPP
The
Brondesbury Tapes
Mister E, distri. Sabotage
8|10
O som é de garagem, os três tipos fotografados
na capa mais parecem transfugas dos Monty Python (o da esquerda não é John
Cleese?) do que um grupo pop, mas “The Brondesbury Tapes” tem o melhor que a
pop psicadélica pode oferecer. Giles e Giles são Mike e Peter. Fripp é Robert.
Pouco tempo depois desta aventura caseira, da qual sairia o único álbum
“oficial” do trio, “The Cheerful Insanity of Giles, Giles and Fripp”, os três
formariam os King Crimson. Alheia às contingências da gravação artesanal num
Revox F36 adquirido em segunda mão, a inspiração revela-se num ecletismo fruto
ainda da “vibe de 67”. Os Floyd de Syd Barrett são influência evidente em
“Hypocrite” e “Newly weeds“, “Digging my lawn” e “Erudite eyes” são sorrisos
Canterbury e a folia prossegue com ensaios de guitarra clássica frippiana,
jazzpop, folkrock como a dos Trader Horne e Tudor Lodge, na voz da convidada
Judy Dible, esboços Crimsonianos como “Why don’t you just drop in” e “I talk to
the wind” (que ressurgiria em “In the Court of the Crimson King”), tudo sob a
alçada de um psicadelismo que em “Murder” roça a perfeição. Sem “auxílio
farmacológico”, como os seus autores fazem questão de frisar.
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