Y 19|SETEMBRO|2003
roteiro|discos
DAT POLITICS
Tracto Flirt
Tigerbeat6, distri.
Ananana
9|10
Alguém
falou em electroclash? De orgasmos ciborgues importados dos 80’s e da máquina
de afagos sexuais inventada por Wilhelm Reich? Os DAT Politics oferecem garantias
de prazer máximo à distância de uma SMS. Arrumem numa disquete a espacialidade
dos Kraftwerk, a subvida digital dos Pansonic e a batida enguiçada dos Daft
Punk, desenhem no rótulo o “smile” das “funny electronics”, baixem a
intensidade de corrente no capacete de tortura à mioleira chamado “Villiger”
com que os DAT Politics vos puseram os cabelos em pé, e terão uma ideia de como
soa esta reedição em CD de um dos primeiros discos desta banda de Lyon que faz
com os “laptops” o mesmo que Hendrix fazia com a guitarra. Ou seja, tudo. A
diferença entre “Villiger” ou “Plugs Plus”, manifestos de ruído conceptual, e
“Tracto Flirt”, é que este põe a funcionar as roldanas e ligações nervosas com
que o cérebro dá ordem para dançar. O “groove” tem código de barras mas é
infeccioso e divertido. Qual boneca insuflável de ligar à tomada, “Tracto Flirt”
condensa a energia do rock & roll nos arquétipos sexualidade mais eletricidade.
E não se gasta. Em comparação, as Chicks on Speed ou Peaches (com ou sem barba)
parecem donzelas.
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