Pop Rock
8 MAIO 1991
8 MAIO 1991
YES
Union
LP/MC e CD, Arista, distri. BMG
A história conta-se em poucas palavras. O espírito dos Yes fora apartado da lendária designação. Motivos: a saída de Chris Squire, dono da patente, digamos assim, de um simples, mas precioso, “Sim”, que, por capricho ou má disposição, impediu os outros de usarem. É um bocado a história de Vítor Rua versus GNR. Assim, Jon Anderson, Bill Bruford, Rick Wakeman e Steve Howe continuaram, mas só com os nomes próprios. Entretanto, sob a influência das vibrações pacifistas da “nova idade” e por um misterioso encadeamento de coincidências, deu-se a união das duas facções, daí o título do disco. Para não ferir susceptibilidades, ninguém ficou de fora. Aos quatro nomes já citados juntaram-se os de Squire, Tony Kaye (da formação original dos Yes), Trevor Rabin e Alan White, o que na prática significa que o grupo passou a ter dois teclistas (Wakeman e Kaye), dois percussionistas (Bruford e White) e dois guitarristas (Howe e Rabin). De notar que, para uma daquelas especialidades foram ainda convocados mais cinco ou seis músicos de estúdio… Quanto à música, nada mudou desde os tempos de “Close to the Edge” e “Tales from Topographic Oceans” – as mesmas vocalizações andróginas de Jon Anderson, o misticismo dos temas (agora enfeitados com uns toques de “modernidade”), servidos a preceito e como montra para cada músico exibir as suas habilidades. Até a capa é assinada por Roger Dean. Disco inofensivo, mesmo a calhar para todos aqueles que não repararam na passagem dos últimos vinte anos. **
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