28/09/2014

Monolake - Gravity



Y 16|MARÇO|2001
escolhas|discos

MONOLAKE
Gravity
Monolake, distri. Ananana
7|10

Operando num estúdio de Berlim, a máquina Monolake (Gerhard Behles e Robert Henke) equaciona a fórmula segundo a qual a música eletrónica prescindirá em definitivo das emoções humanas, para se assumir como prótese canalizadora de eletricidade para os circuitos neuronais. Mais ainda do que o anterior “Interstate”, “Gravity” avança a passo definitivo em direção à despersonalização. Já não se trata de “groove”, mas do funcionamento matemático de um sistema operativo programável nas suas mais ínfimas componentes – não sendo por acaso que a dupla é responsável pela feitura de programas rítmicos de base para computadores Macintosh. Para lá das danças androides de Thomas Brinkmann e dos Rechenzentrum (cujo último álbum teve a produção dos… Monolake), “Gravity” pulsa implacável entre os dois únicos momentos em que algo parecido com vida se agita ainda: os samples chapinhados de água do tema de abertura e o ruído burilado de frequências sombient do último.

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