Pop
Rock
21
de Maio de 1997
world
Alan Stivell
Zoom
2xCD, DREYFUSS, DISTRI. MEGAMÚSICA
Alan Cochevelou, aliás, Alan
Stivell, caiu em desgraça, por culpa própria. O muito que fez em defesa da
causa e da música da Bretanha, na primeira metade dos anos 70, desfez a partir
do momento em que, atacado de megalomania, enveredou ou por um folk-rock xunga
ou, mais recentemente, por um pan-celtismo exacerbado sem correspondência
musical à altura. “Zoom” reúne peças de toda a discografia do harpista, da
estreia “Reflets” ao novo “Brian Boru”. É um “best of”, dos vários possíveis,
onde a excelência da música de álbuns como “Renaissance de l’Harpe Celtique”,
“Chemins de Terre” (o clássico do folk-rock bretão), “E Landoned”, “À
l’Olympia”, “Before Landing” ou “Symphonie Celtique” (talvez o ponto mais alto
da obra de Stivell, no difícil ponto de equilíbrio entre a ambição desmedida, a
inspiração e a complexidade de meios) dilui os efeitos nefastos provocados
pelos retalhos arrancados da produção recente, dos álbuns “The Mist of Avalon”
e o já citado “Brian Boru”, ambos exemplares do pior que se pode fazer quando
se mistura folk e “new age”. Para os neófitos, “Zoom” poderá ser um objecto
intrigante e suficientemente sedutor para suscitar posteriores investigações. (7)
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