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24|Novembro|2000
escolhas|discos
THOMAS BRINKMANN
Rosa
Max Ernst, distri. Ananana
8|10
Dentro
do espírito “back to basics” não há quem bata Thomas Brinkmann, com assinatura
própria, ou como Soul Center. “Rosa” reúne uma coleção de EP já editados em
vinilo, cada um com um nome de mulher. A embalagem não poderia ser mais
minimalista, com a informação e o grafismo circunscritos a quase nada. Ao
contrário do pendor funky dos Soul Center, “Rosa” resvala para a abstração
analítica, servindo-se das programações para criar um segmento sónico de 74
minutos do qual, uma vez apanhados pelo ritmo, só conseguimos sair no fim.
“Grooves” matemáticos ao serviço de uma tecno minimal cuja eficácia se comprova
na absoluta irredutibilidade rítmica segundo a mesma estética de Vladislav
Delay ou Rechenzentrum. Depois de nos enredar no centro da alma, Brinkmann
aprisiona-nos nas certezas da máquina.
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