Quarta-feira, 21
Maio 1997 POP ROCK
world
Strobinell
Breizh Hud
KELTIA, DISTRI. MC – MUNDO DA CANÇÃO
Yann-Fanch Kamener, figura já lendária e um dos mais importantes cantores
da música tradicional da Bretanha, define os Strobinell como “um grupo de
mágicos, hoje reconhecido como uma das jóias da cultura musical” daquela
região. “Breizh Hud” é um daqueles álbuns que deixam uma marca indelével no
auditor. A Bretanha, nas suas múltiplas matizes anímicas, passa como uma
sortilégio na música dos Strobinell, um grupo que parece rivalizar com os seus
companheiros da “tríade do S”, Skolvan e Storvan, na conquista do ceptro de
melhor grupo bretão. Como descrever o gozo imenso provocado pelo diálogo das
bombardas de Jill Léhart e Patrig Ar Bal’ch – uma das delícias maiores deste
disco sem defeito –, a fluência fluvial da flauta de Yan-Herri Ar Gwicher, os
ritmos sincopados criados pela guitarra de Riwall Ar Menn, a presença discreta
mas eficaz do novo recruta Philippe Turbin, nos teclados? Se quisermos comparar
“Breizh Hud” com o álbum anterior do grupo, “An Aoutrou Liskildri”, ou com o
monumental “Swing & Tears”, dos Skolvan, verifica-se que os Strobinell, ao
contrário destes dois trabalhos, resolveram dispensar, por completo, as
experimentações fusionistas, optando por uma leitura que, pondo em relevo as
subtilezas próprias de um grupo contemporâneo, lhes acrescenta toda a força
expressiva e alegria de viver de uma “fest noz”. E ouvindo uma balada como
“Beleg gwegan ha kloareg mogero” não nos é possível deixar de recordar os dias
mais belos de Alan Stivell… (9)
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